O advogado Paulo Blanco foi esta terça-feira, 23 de Fevereiro, constituído arguido, por suspeitas de corrupção activa, confirmou o próprio à agência Lusa, na mesma investigação que levou à detenção do procurador do Ministério Público Orlando Figueira.
O general angolano Bento dos Santos 'Kangamba' tornou pública a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, que decretou a nulidade do arresto dos seus bens em Portugal, os quais, anunciou também, já lhe foram devolvidos.
O publicitário brasileiro João Santana, que trabalhou nas campanhas do Presidente angolano José Eduardo dos Santos do MPLA e da reeleição do antigo Presidente brasileiro Lula da Silva, da Presidente Dilma Roussef do Partido dos Trabalhadores (PT, no poder), suspeito no escândalo de corrupção da Petrobras, entregou-se hoje à Polícia Federal.
Dois antigos governadores da província de Luanda, dirigentes do MPLA, recusaram hoje qualquer relação com os ativistas acusados em julgamento da preparação de uma rebelião, garantindo que nunca foram contactados para integrar um alegado governo de salvação nacional.
Sindika Dokolo foi alvo de uma queixa apresentada pelo jornalista angolano, Rafael Marques, tendo como motivo um terreno no Kwanza Sul. O empresário diz que a agenda de Rafael Marques é definida pela estratégia dos seus patrocinadores.
O procurador do Ministério Público Orlando Figueira foi detido pela Polícia Judiciária (PJ), nesta terça-feira, por alegadamente ter recebido 1 milhão de euros para arquivar processos relacionados com altas figuras de Angola, disse fonte ligada ao processo. O Ministério Público realiza hoje "buscas a domicílios, mas também a escritórios de advogados e a instituições bancárias", anuncia a Procuradoria-Geral da República (PGR), em comunicado.
Sindika Dokolo sublinha que Isabel dos Santos “nunca vendeu qualquer activo nem nenhuma empresa” e defende que a crise em Angola teve um lado positivo “porque revelou ao Governo os problemas estruturais” da economia.
As Reservas Internacionais Líquidas angolanas desceram dez por cento em 2015, para 24.572 milhões de dólares (22,3 mil milhões de euros), elevando as perdas a 5,9 mil milhões de euros, tendo em conta os máximos históricos de 2013.
Do seu amplo escritório no oitavo andar do prédio que sedia a operação da Odebrecht em Angola, Antônio Carlos Dahia Blando observa, numa manhã de setembro de 2015, as avenidas circulares do bairro de Talatona, a zona sul de Luanda, apinhada de Toyotas 4×4 prateados que margeiam os prédios de luxo, envidraçados, ao lado dos quais um exército de gruas anuncia os empreendimentos que estão por vir. “Luanda Sul é nossa criação”, diz. Pouco antes, ao chegar ao local, o executivo solta galanteios a todas as funcionárias – faz piadinhas, beija as mãos da secretária, faz questão de tomar os braços da jornalista – enquanto avisa: “Tenho que sair às 11h30, reunião com o ministro da Administração do Território. Um homem muito bom, muito capaz mesmo”.
O professor e escritor angolano Domingos da Cruz, um dos 17 activistas acusados de rebelião e actos preparatórios de golpe de Estado decidiu romper o silêncio, apesar de estar em prisão domiciliária,