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Quinta, 24 Março 2016 23:51

Não haver necessidade para se declarar um estado de emergência - Ministro da Saúde

O ministro da saúde, Luís Gomes Sambo, afirmou nesta quinta-feira, em Luanda, não haver necessidade nem circunstâncias para se declarar um estado de emergência no país, porque a situação é controlável e o Governo já engajou meios financeiros para a aquisição de meios e está tomar outras medidas como o reforço dos recursos humanos.

Numa conferência de imprensa realizada após visita ao hospital do Capalanga, no município de Viana, o responsável disse que, o Governo mobilizou os trinta milhões de dólares americanos para aquisição de medicamentos, vacinas, material gastável, com vista a melhoria das condições de atendimento da população nos hospitais, sublinhou.

Segundo o titular da Saúde, comparando a situação de um mês atrás, actualmente está melhor, porque tem havido esforços da parte do Executivo para mobilizar recursos humanos, financeiros e tecnológicos.

Quanto à recursos humanos, frisou que foram reforçadas as capacidades de algumas unidades, fazendo-se apelo aos serviços médicos das Forças Armadas Angolanas (FAA), estudantes finalistas dos cursos de medicina e enfermagem e aos próprios trabalhadores já enquadrados, para que possam dar mais horas de trabalho no sentido de minimizar a mortalidade.

Segundo o ministro da saúde, a situação deve-se ao elevado número de doentes que dão entrada nas unidades sanitárias devido as epidemias de febre-amarela e de malária, que começou em Luanda, em Dezembro do ano passado, mas que já se alastraram pelas demais províncias do país.

Para o ministro, a situação que se vive é muito comum de qualquer país que é assolado por uma epidemia, como no caso de Angola, que aumentou a procura por parte dos utentes das unidades de saúde da província de Luanda, em particular.

Neste contexto, disse, regista-se duas ou três vezes o número de pacientes que acorrem aos Bancos de Urgência com necessidade de internamento, que na sua maioria são crianças e adolescentes, e os hospitais e centros de saúde não têm capacidade suficiente para atender tantas pessoas em circunstâncias de epidemia.

Mas, sublinhou que, de acordo com a Política Nacional do Executivo angolano, os cuidados de saúde são um direito do cidadão e as estruturas públicas dos serviços de saúde devem atender a todos os doentes que procuram os hospitais, pois nenhum doente deve ser rejeitado por não haver camas.

“Devemos receber todos os doentes, procurar acomodar e tratar todos dentro das condições que dispomos, porque isto caracteriza o contexto de epidemias, a sobrecarga das unidades, o aumento do número de casos de paludismo e febre-amarela, sendo um aumento súbito e inesperado”, frisou.

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