José Eduardo dos Santos, que dirigia à nação a sua mensagem, em vésperas do Ano Novo, frisou que as redes sociais constituem uma conquista técnica e científica de toda a humanidade de que os angolanos devem beneficiar para melhorar o seu acesso ao conhecimento mas, advertiu, "não devem ser utilizadas para violar o direito das pessoas e expor a vida íntima de quem quer que seja, caluniar, humilhar e veicular conteúdios degradantes e moralmente ofensivos".
De acordo com o Presidente da República, o país deve dispor, o mais depressa possível, de legislação adequada para orientar a sociedade e as instituições e reprovar e prevenir o surgimento deste tipo de práticas que são, a seu ver, inaceitáveis.
"A formação intelectual e a educação moral dos jovens, que é a componente maioritária da nossa população, são fundamentais não só para que sejam dotados de capacidades que lhes permitam alargar os seus horizontes e prepará-los para enfrentar a realidade da vida, mas também para que possam contribuir para a harmonia e coesão social", considera José Eduardo dos Santos, na sua mensagem.
Nesta perspectiva, segundo o estadista angolano, é necessario continuar a cutivar no espírito das novas gerações, a ideia de que um cidadão, que é naturalmente portador de direitos e deveres, constitucionalmente consagrados, deve valer por aquilo por que ele é, e não apenas por aquilo que, do ponto de vista material, possui ou ostenta.
Deste modo, disse que a preocupação maior deve centrar-se, cada vez mais, no resgate e aperfeiçoamento dos valores morais e no desenvolvimento das suas qualidades pessoais e das aptidões profissionais.
O Chefe de Estado asseverou que "o Executivo não vai poupar esforços para melhorar a qualidade da formação dos angolanos, em estreita colaboração com as famílias e outros parceiros sociais".
Para enfrentar momento difícil do país, José Eduardo dos Santos apontou o aceleramento na intervenção na agricultura, pescas, turismo, indústria da madeira, indústria alimentar e indústria ligeira e mineira para elevar as exportações e reduzir as importações, com o aumento da produção local e do comércio.
“Para que todo este processo possa decorrer sem perturbações, reitero que é indispensável melhorar a gestão das finanças públicas e melhorar e reforçar também a segurança e a ordem interna”, expressou o Presidente da República.
Neste sentido, disse ser importante que a segurança se estenda também além das fronteiras nacionais e, para tal, deve-se continuar a manter laços de boa vizinhança com os países limítrofes e contribuir para a paz, segurança e estabilidade das regiões em que Angola está inserida.
Lembrou que o mundo acaba de adoptar um Acordo Global sobre o clima, que é histórico, e cuja implementação protegerá todos os países dos efeitos nefastos das mudanças climáticas. “É agora necessário que a comunidade internacional passe das palavras aos actos”, advogou.
O estadista renovou a ideia de que o Estado, as famílias, as igrejas, as organizações não governamentais e a sociedade civil no seu todo devem cooperar e trabalhar em prol do desenvolvimento harmonioso e sustentável do país e por uma sociedade solidária e de bem-estar.
“Desejo a todos os angolanos, em particular àqueles que por razões alheias à sua vontade não o poderão passar no seio dos seus familiares e entes mais queridos, um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!”, finalizou José Eduardo dos Santos a sua mensagem.