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Terça, 06 Outubro 2015 22:37

Oficial da Polícia no Uíge acusado de atingir jovem com três balas

A alta patente da Polícia Nacional na província do Uíge, está a ser acusado de disparar 4 tiros e atingir com três balas, Alcides António Garcia, de 19 anos de idade, sem qualquer justificação, no dia 4 de Setembro de 2015, às 10 horas, quando este se encontrava em convívio com os seus amigos.

A informação a confirmar a ocorrência foi feita pela vítima, que se encontra a recuperar há um mês, sob tratamento médico. A família inconformada com a situação, promete encaminhar o caso ao tribunal.

"Eram 10 horas, eu estava no bairro Piscina, numa residência a conviver com alguns amigos e de imediato uma motorizada a passar, dirigida por um polícia e o ocupante era um civil. Nós vimos a fazerem os movimentos, mas nós não nos preocupamos saber o que se tratava. Mas, após alguns minutos, nós vimos o movimento da motorizada e surpreendentemente apareceu um senhor trajado a civil, em frente da residência onde a gente estava a conviver. Quando ele apareceu, logo manipulou uma pistola e fez um disparo, onde todos nós metemos-nos em fuga. E, este perseguiu-me, dizendo assim que "hoje é o seu dia, porque ando à sua procura". E, em seguida fez o segundo disparo, que atingiu-me na anca da perna direita".

A vítima assegurou ter conhecido o autor da acção, que segundo ele, tratava-se do Segundo Comandante Municipal da Polícia Nacional do Uíge, também vulgarmente conhecido por Beto.

"Após alguns metros, eu me senti desgastado, caí, e de repente ele voltou aparecer, fez dois disparos na minha perna esquerda, em que as munições ficaram encaravadas. Tanto gritei, o senhor manobrou. E eu fiquei lá estapelado. Eu conheço plenamente o senhor. Eu disse "para que é que me fazias isso?” É 2º Comandante Municipal da Polícia no Uíge e chama-se Beto".

O jovem que confirma nunca ter problema com o referido Comandante, encontra-se em tratamento ambulatório, após receber intervenções cirúrgicas. A família, ressentida, promete levar o caso às barras do tribunal. Texeira Francisco, primo do paciente revelou estar em curso o processo do transgressor, na Investigação Criminal e na Procuradoria Militar

"Nós estamos a fazer o possível em fazer o encaminhamento do processo à investigação. Neste caso o senhor Beto que fez o disparo ao rapaz. Não sabemos se os rapazes estavam a roubar ou estavam a fazer o que é. É por isso que nós vamos fazer o encaminhamento do processo, até ao tribunal, para ver se o senhor Beto vai responder o caso que ele fez. Contactamos com o procurador, o procurador, o procurador está a ver o processo se ele assume o que ele fez. E, nós vamos ver onde é que vamos chegar", assegurou o familiar do lesado.

Unita Angola

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