Em entrevista à ANGOP, cuja íntegra será divulgada nos próximos dias, no âmbito da celebração dos 50 anos de Independência Nacional, a assinalar-se a 11 deste mês, o governante disse que já está concluído o dossier da transferência da TCUL para o GPL, no quadro da reestruturação e de um novo modelo de gestão da administração local.
Actualmente tutelada pelo ministério dos Transportes, a TCUL é a empresa estatal responsável pelo transporte público na capital angolana, desde 1988.
Segundo o ministro, a medida visa assegurar a mobilidade urbana operada pela administração local, a partir dos governos provinciais e das administrações municipais, pelo facto de serem as entidades mais próximas dos cidadãos e rapidamente conseguem responder as necessidades locais.
Sobre a sustentabilidade e o modelo de gestão de TCUL, disse que a “saúde financeira” é parecida as demais empresas públicas, sendo os custos operacionais suportados pelo Estado.
A propósito, referiu que a facturação da bilhética da empresa apenas representa 48% dos custos operacionais, acrescentando que não se trata de uma realidade exclusiva de Angola, mas da maioria dos operadores de transportes públicos a nível global.
“Os 52% dos custos operacionais são financiados pelo Estado ou por outras fontes de recursos”, salientou.
Para o ministro, este é um cenário desafiante porque é preciso encontrar outras fontes de financiamento para assegurar que haja empresas de transportes públicos a nível provincial sustentáveis.
Fundada em Fevereiro de 1988, actualmente, devido a recente divisão administrativa do país, a TCUL opera nas províncias de Luanda e do Icolo e Bengo, no município de Calumbo.
A empresa conta com uma frota de 600 autocarros, dos quais perto de 100 em operação, que transportar diariamente, em média, 10 mil passageiros.

