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Quinta, 15 Fevereiro 2024 19:51

Mais de 500 estudantes e profissionais aderiram a programa de mobilidade entre África e Europa

Mais de 500 estudantes, professores e profissionais beneficiaram do regime de mobilidade entre África e Europa num projeto de formação profissional que decorreu nos últimos quatro anos, envolvendo 24 países dos dois continentes, foi hoje divulgado.

Os dados do Projeto Internacional de Mobilidade na Formação Profissional entre África e Europa foram apresentados na cidade da Praia, em Cabo Verde, um dos 16 países africanos que participaram na iniciativa financiada pela Comissão Europeia.

Além de Cabo Verde, participaram Angola, Benim, Burkina Faso, Camarões, Chade, Costa do Marfim, Quénia, Eritreia, Libéria, Malawi, Mali, Nigéria, Senegal, Sudão e Tunísia, enquanto da Europa foram a Bélgica, Alemanha, Grécia, Finlândia, França, Itália, Portugal e Espanha.

Durante quatro anos, mais de 80 profissionais africanos estiveram em regime de mobilidade na Europa e mais de 70 no sentido inverso, segundo os mesmos dados.

Nesse período, um total de 198 estudantes beneficiaram desse programa de mobilidade nos centros de formação profissional e nas instituições europeias parceiras e mais de 40 especialistas de países europeus estiveram em mobilidade em países africanos.

Engenharia, turismo e agricultura foram as três especialidades de formação profissional testadas neste projeto pioneiro de mobilidade intercontinental, que teve mais de 50 escolas de formação profissional envolvidas e 36 parceiros.

Cabo Verde participou com membros da direção, formadores e formandos da Escola de Hotelaria e Turismo (EHTCV), com cerca de 20 alunos, segundo dados avançados à imprensa por Beatrice Bellet, coordenadora do projeto.

A presidente da EHTCV, Aldina Delgado, disse que a instituição que dirige saiu “com a sua liderança reforçada” após o projeto, liderado pelo Centro San Viator (Bilbau, Espanha).

Beatrice Bellet lembrou que a mobilidade na formação profissional entre os países europeus realiza-se há mais de 30 anos e esta foi a primeira vez que aconteceu com países não europeus.

Neste sentido, a mesma responsável afirmou que este modelo poderá ser um subprograma do Erasmus +, que facilita a mobilidade académica dos estudantes e professores universitários através do mundo inteiro.

Para o vice-primeiro-ministro cabo-verdiano, Olavo Correia, que presidiu a cerimónia, trata-se de um projeto “de grande alcance”, que vai ao encontro da capitação dos recursos humanos em África, “o maior ativo” em matéria de recursos humanos no mundo.

O governante disse que Cabo Verde quer continuar o projeto com a União Europeia, para o objetivo de transformar o arquipélago num centro de excelência” na formação profissional “para o país, para o continente africano e para o mundo”.

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