Foi reprimida a manifestação convocada para esta tarde em Luanda pelo movimento dos "Jovens Revolucionários" para recordar do 37° aniversário da alegada tentativa de golpe de Estado do 27 de Maio 1977 sob o lema "Chega de chacinas em Angola".
Um forte dispositivo policial impedia esta tarde o acesso ao centro do Largo da Independência, na cidade de Luanda, onde deveria ter lugar uma manifestação de jovens ativistas, havendo relato de várias detenções.
Vários partidos da oposição declararam o seu apoio a uma programada manifestação de jovens para hoje, em Luanda.
Em 2000, a jornalista Lara Pawson estava na baixa de Luanda quando se iniciou uma manifestação: um grupo de jovens sentou-se no chão em greve de fome contra o aumento de 1.500 por cento no preço dos combustíveis. Minutos depois, nessa manhã “quente e húmida de Fevereiro”, chegaram duas carrinhas com polícias armados.
O mais recente livro sobre o alegado golpe de 27 de Maio de 1977 em Angola "levanta mais perguntas do que respostas" sobre as verdadeiras intenções, envolvidos e número de mortos, admitiu a jornalista britânica Lara Pawson.
“Motivos de segurança” foram alegados pelo Ministério da Cultura para impedir a apresentação da peça “As Orações de Mansata”, mas a sala do Cine Teatro Nacional tinha programação até junho e o governo estava informado da estreia pelo menos desde o dia 9 de abril.
Um agente dos serviços de contra inteligência foi apanhado na noite de ontem, 20, pelos cidadãos do município de Viana, quando tentava distribuir panfletos com dizeres contra Nito Alves e muitos outros manifestantes.