O activista e jornalista angolano Rafael Marques disse à Lusa que dois dos 17 presos políticos angolanos foram torturados pelas autoridades penitenciárias na sexta-feira passada, em Luanda.
O activista e jornalista angolano Rafael Marques disse esta segunda-feira à Lusa que a embaixada portuguesa em Luanda devia visitar o preso político Luaty Beirão, em greve de fome, e apelou ao Bloco de Esquerda para levar a questão ao parlamento.
O MNE português está a acompanhar o assunto “com muita atenção”, e só lhe fica bem dizê-lo, mas o agravamento do estado de saúde de Luaty Beirão exige alertas maiores. Ele é, como todos sabem, um dos 15 presos políticos que continuam encarcerados desde 20 de Junho por determinação do regime de Luanda.
Nos últimos dias têm sido realizadas vigílias pacíficas , em Luanda, em frente à igreja sagrada família para pedir a libertação dos 15 jovens ativistas angolanos detidos desde junho e governo angolano consideram estes actos ilegais, não autorizada e estão proibidas.
Já se havia noticiado a situação do rapper angolano Luaty Beirão, um dos 15 ativistas angolanos que foram presos sob a acusação de prepararem um golpe de Estado. Luaty, de 33 anos de anos de idade, está em greve de fome há 21 dias e já foi transportado duas vezes para uma cadeia-hospital em Luanda.
O cantor Yuri da Cunha decidiu responder publicamente a pergunta levantada por uma fã, que questionou se o músico não iria se pronunciar a respeito do rapper Luaty Beirão e restantes jovens activistas detidos há 3 meses.
Com o caso a tornar-se rapidamente mais um embaraço internacional para o Governo angolano (o qual tem vindo a multiplicar as iniciativas de repressão política à medida que se aproxima a sucessão de José Eduardo dos Santos e que o preço do petróleo desce, ameaçando um contrato social pelo qual a corrupção em larga escala era tolerada em troco de um certo desenvolvimento no país), António Fortunato, diretor dos serviços prisionais angolanos, disse ao diário “Público” que a família continua a poder visitar Beirão.