A crise continuou a marcar o dia-a-dia da generalidade dos angolanos em 2017, embora a esperança de mudança e de mais oportunidades provocada pelo novo Governo seja a tónica dos discursos de fim de ano.
Marginais munidos de metralhadoras do tipo AKM assassinaram a tiro, em Luanda, num espaço de duas semanas e em locais diferentes, dois agentes de segunda classe, quando estavam no cumprimento da missão de manter a ordem e a tranquilidade públicas.
A Procuradoria-Geral da República anunciou a criação de uma “comissão de inquérito” para apurar a veracidade das denúncias apresentadas pelo jornalista Rafael Marques de Morais acerca dos fuzilamentos de jovens supostamente delinquentes.
O Natal em Angola ainda motiva famílias e empresas a distribuir cabazes, vendidos por estes dias, em Luanda, apesar da crise, a preços entre os 40 e os 200 euros, chegando os mais caros aos 38.000 euros.
A administração da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), liderada desde novembro por Carlos Saturnino, após a exoneração de Isabel dos Santos, anunciou hoje que iniciou uma auditoria para aferir a situação da petrolífera estatal.
Especialistas angolanos consideram que a Procuradoria-Geral da República (PGR) devia investigar a acusação de Rafael Marques contra Isabel dos Santos, segundo a qual a empresária terá desviado da Sonangol mais de 135 milhões de dólares usando o banco BIC.
A avalancha de exonerações decretadas pelo Presidente da República, João Lourenço, desde que assumiu o poder, a 26 de Setembro, não atingiram o presidente do conselho de administração do Fundo Soberano de Angola, José Filomento dos Santos, Zenu, porque está em curso uma investigação às contas da instituição, avança a revista Jeune Afrique.