O departamento central de Investigação e ação penal (DCIAP) abriu uma investigação por suspeita de crimes de branqueamento de capitais e fraude fiscal devido a um negocio imobiliário, realizado no ano passado em Portugal pelo general Bento dos Santos Kangamba angolano casado com uma sobrinha do presidente Jose Eduardo dos santos.
Com um mandato de detenção internacional das autoridades brasileiras devido ao alegado envolvimento numa rede de trafico de mulheres para prostituição.
Kangamba esta também a ser investigado em Portugal porque terá comprado uma moradia em Lisboa por cerca de 2 milhões de euros em numerário.
Contactado pelo SÁBADO, através do clube angolano de futebol de que é proprietário o Kabuscorp, Kangamba não respondeu as questões enviadas ate ao fecho desta edição.
Segundo a SÁBADO apurou, a investigação judicial começou após o Banco Espírito Santo (BES) comunicar formalmente ao ministério publico (MP) que tinham sido feitos vários depósitos em dinheiro numa sucursal, num total de cerca de 2 milhões de euros, por um representante de Pedro Vaz Pinto, Sociedade de Renovação e construção, Lda.
O sócio e administrador da empresa, Pedro Vaz Pinto, que não respondeu aos contactos telefônicos da sábado, terá sido inicialmente questionado pelo BES, ao abrigo da lei sobre branqueamento de capitais, acerca da origem dos depósitos, tendo alegadamente garantido que o general angolano lhe teria pago em dinheiro vivo uma moradia situada em Belém, Lisboa.
É um imóvel com cave, garagem, rés do chão, 1º Andar e logradouro.
A área total da propriedade é de cerca de 888 metros quadrados, dos quais 174 são cobertos.
Segundo a escritura publica de compra e venda a que a SÁBADO teve acesso, o negocio ocorreu a 5 de Novembro de 2012 entre o vendedor Pedro Vaz pinto, gerente e acionista maioritario da sociedade de Renovação e Construção, Lda.,e o comprador Bento dos Santos.
No documento,assinado num cartório notarial da Rua Castilho,em Lisboa,o general identificou-se como solteiro e com um passaporte emitido pela republica de angola.na escritura consta ainda que a moradia estava livre de encargos,mas que tivera uma hipoteca recente a favor do BES.
No histórico oficial do imóvel, consultado pela SÁBADO na Conservatória do Registo Predial de Lisboa, Le-se que a hipoteca de 1,5 milhões de euros foi feita em 2011 quando a casa foi comprada pela empresa de Pedro Vaz Pinto.
SÁBADO/A24
