Em causa está um despacho presidencial de 13 de outubro, ao qual a Lusa teve hoje acesso, autorizando os moldes do negócio, que além da aquisição dos seis helicópteros envolve o fornecimento de peças sobressalentes e a formação de pilotos e técnicos.
O contrato, refere ainda o despacho assinado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, será estabelecido entre o Ministério da Defesa Nacional, através da empresa pública Simportex, e a empresa AgustaWestland, sendo a aquisição inserida na Programação de Investimento Público.
A confirmação deste negócio surge depois do anúncio feito em julho pela empresa italiana Finmeccanica, da área das indústrias de Defesa e de Segurança, que vê entregar a Angola nos próximos meses de seis helicópteros através da AgustaWestland.
A informação foi revelada pelo diretor-geral do grupo, Mauro Moretti, à margem da visita oficial de dois dias do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, a Itália, que envolveu, na altura, a assinatura de vários acordos, nomeadamente económicos e financeiros.
"Vão chegar dentro de poucos meses. Temos seis já contratualizados", disse Mauro Moretti, após uma reunião com o chefe de Estado angolano, em Roma.
As aeronaves a fornecer pela AgustaWestland serão para uso civil e militar, mas na ocasião não tinham sido adiantados valores do negócio.
A AgustaWestland, propriedade da Finmeccanica, que constrói entre outros os helicópteros EH101 e Lynx, emprega mais de 13.000 pessoas e possui fábricas em Itália, no Reino Unido, Polónia e Estados Unidos.
A multinacional italiana está a avaliar a possibilidade de renovação de frotas angolanas, no setor da Defesa como também na área do petróleo e gás.
Lusa