Segundo Jovete Domingos, o seu cliente, detido desde 31 de julho, está com intensas febres e precisa de assistência médica, exortando às autoridades judiciais, sobretudo a Procuradoria-Geral da República (PGR), para a salvaguarda do seu direito à vida.
“Estamos bastante preocupados por conta do estado de saúde. (...) O senhor Catimba está doente, está com problemas de febres altas, fraquezas, tudo indica se tratar de um paludismo, e está também com problemas de hemorroidas”, disse à Lusa.
Jovete Domingos lamentou ainda a falta de resposta dos magistrados do Ministério Público afetos ao Serviço de Investigação Criminal (SIC) Luanda sobre o estado de saúde do responsável da ANATA.
Rodrigo Luciano Catimba foi detido em Benguela, três dias após o início dos protestos e tumultos registados em várias províncias angolanas, na sequência da greve decretada pelos taxistas convocada pela ANATA, e depois transferido em Luanda, onde está detido.
O Serviço Investigação Criminal de Angola anunciou, na ocasião, que Catimba foi detido por suspeitas de incitação à violência, apologia de crime, rebelião e terrorismo.
Quanto às motivações da sua detenção, Jovete Domingos lamentou que o responsável da ANATA esteja detido “injustamente” sem qualquer processo e sem lhe ter sido aplicada qualquer medida de coação.
“Daí que aguardamos de forma expectante sobre o despacho da nossa petição, onde rogamos que as instituições de Justiça se pronunciem para a devolução de liberdade”, concluiu o advogado.
Está igualmente detido, desde sexta-feira, o presidente da ANATA por “fortes indícios” de promover atos de vandalismo e arruaça contra bens e serviços públicos e privados, anunciou o SIC.