Mais uma vez a brutalidade do regime mostrou, embora sejam poucos os que queiram ver, que só existe liberdade quando é para idolatrar a figura de José Eduardo dos Santos ou, ainda, para bajular as sua políticas.
Anunciada e comunicada a tempo e horas, e cumprindo todas as formalidades legais (se bem que a lei em Angola é letra morta), a manifestação visava denunciar a habitual brutalidade policial contra manifestantes.
Não deixando os seus créditos por cassetetes e armas alheias, a Polícia Nacional (do MPLA), materializou as suas intenções de dar porrada a todos quantos ousem perturbar o sono divino do “querido líder”, por sinal novo membro do Conselho de Segurança da ONU.
Com esta prática reiterada, o regime pretende ensinar o Presidente Obama qual é a melhor forma, obviamente espontânea, legal e democrata, de acabar com manifestações sem sequer usar gás lacrimogéneo. De facto, porrada e balas são métodos mais eficazes de um regime que se diz democrata mas tem tudo de ditador.
Já há vários detidos, entre eles estão Nito Alves, Domingos David Cruz, Adolfo Campos, Manzambi, Alemão, Domingos, Katolobongue, Fanuel, Nuno, Joao de Sousa, Bitão, Carlos Francisco, Mbanza Hamza, Malabiocha, Rolim, Eduardo e Sedrick que estão a ser levados para lugar incerto, já que não deram entrada nas esquadras de Luanda.
Tudo indica que, a fazer fé na tradição democrática das forças policiais, serão despejados – espera-se que com vida – numa outra província.
AO24 | Folha8