O Governo Provincial de Cabinda assegura que este exercício militar na regedoria do Ntó é feito em perímetro devidamente controlado e que não há rezões para pânico.
A população, por sua vez, assegura que estes exercícios intensificaram-se nos últimos tempos, de forma permanente e que têm estado a destruir algumas zonas agrícolas dos camponeses.
Ao Novo Jornal denunciam que quase nada se aproveita nas lavras, o que está a causar problemas graves porque a situação social das famílias, nestas regiões, é de extrema pobreza e que têm apenas as lavras como solução de sobrevivência.
A população camponesa critica o governo local de não informar, com antecedência, as famílias, sobre tudo as das aldeias vizinhas ao campo de tiro do Ntó.
Em comunicado, o Governo Provincial de Cabinda informa a população que para esta sexta-feira,10, está previsto, das 07:30 às 14:00, no quadro da preparação combativa e adestramento das tropas, do comando da Região Militar Cabinda, a realização de disparos com armas de artilharia pesada.
A semana passada, o comandante da Região Militar Cabinda, tenente-general Tukikebi Tussen dos Santos, afirmou, que a preparação combativa e o aperfeiçoamento permanente das tropas constituem indiscutivelmente um dos grandes pressupostos para edificação de um Exército forte e moderno.
O chefe da Região Militar de Cabinda assegurou que a preparação combativa é uma actividade contínua e permanente do efectivo do ponto de vista organizacional, táctico e operativo.
Ainda a semana passada, na cerimónia de abertura do ano de instrução de preparação operativa, combativa e educativa patriótica 2023/204, das FAA, em Cabinda, a governadora provincial, Mara Quiosa, disse que devido à descontinuidade geográfica da província, é imperioso que se eleve a capacidade técnica e operativa das forças de defesa e segurança para que em caso de "eventuais ameaças internas e externas que possam pôr em perigo a segurança da província, estejam à altura de defendê-la".