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Segunda, 10 Abril 2023 06:52

Filho de Man Gena morre em hospital de Maputo e esposa acusa médicos

A esposa do angolano Gelson Emanuel Quintas, mais conhecido por “Man Gena”, que com a família fugiu para Moçambique alegadamente devido a ameaças de morte, responsabiliza o Hospital Central de Maputo pela morte da filha que nasceu naquele estabelecimento no passado dia 5.

A recém-nascida faleceu no dia 7 e, num vídeo divulgado nas redes sociais, Clemência Suzete Vumi aponta o dedo ao hospital.

“Nos dias em que estive no hospital, ia para o berçário e o bebé estava bem e reagia bem à medicação. Quando eram 22 horas, supostamente, eles dizem que a minha bebé teve ataques cardíacos, fez duas paradas cardíacas, tiveram que reanimá-la, sangrou pela boca, reanimaram a primeira vez, reanimaram a segunda vez, e a bebé faleceu. Então disse ‘não, vocês esperaram eu sair para vocês para matarem minha bebé’”, conta a esposa de Man Gena.

Citado pela imprensa, o director do Departamento de Ginecologista e Obstetrícia do Hospital Central de Maputo, Agostinho Daniel, diz que o estabelecimento "recebeu a senhora com uma complicação obstétrica, que afectava uma gravidez ainda prematura, e essa complicação é tratada em todo o mundo com o parto, pois punha em risco a saúde da mãe assim como a do feto, portanto, tudo foi feito seguindo os protocolos clínicos”.

A Voz da América contactou a direcção do Hospital Central de Maputo que prometeu reagir ainda nesta segunda-feira, 10.
Man Gena, a esposa, que estava grávida, e dois filhos fugiram para Moçambique, através da Namíbia e da África do Sul, em finais de Fevereiro.

A esposa, Clemência Suzete Vumi, disse num vídeo, na altura, que o marido estava a ser alvo de ameaças depois dele ter feito denúncias, nas redes sociais, de suposto envolvimento de altas figuras da Polícia Nacional e dos Serviços de Investigação Criminal no narcotráfico.

UNITA impedida de ver Man Gena

Na última semana de Março, uma delegação de três deputados da UNITA, o maior partido da oposição em Angola, esteve em Maputo para tentar conhecer a situação de Man Gena e família, mas como disse à Voz da América, o deputado Olívio Quilumbo, o Serviço de Imigração e Fronteiras não autorizou a visita.

"Só podemos concluir que o Governo moçambicano mostrou-se indisponível em atender a nossa solicitação, que é tão simples", afirmou Quilumbo, quem explicou os contactos marcados e até uma carta que lhes foi pedida para que o Governo os autorizasse a visitar um cidadão angolano "que está sob custódia, não foi condenado, nem está preso. VOA

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