O jornalista angolano e analista político, Reginaldo Silva, de modos a sustentar a sua opinião sobre o assunto mediático, começou por fazer referência ao comunicado do Executivo que diz que, a empresa (ainda) não cumpriu os procedimentos exigidos pelo Código Mineiro, o que para o jornalista, quer dizer que estava/está em curso um processo de investimento estrangeiro e que a localização do empreendimento já estaria definida.
“Afinal de contas, o que os jornalistas deviam/devem procurar saber é quais são estes procedimentos que não foram cumpridos, mas pelos vistos ainda não vi ninguém a consultar a legislação citada pelo comunicado governamental”, sublinhou.
Sinceramente, ressaltou, não estou a ver como todo aquele equipamento fosse alí instalado sem que o investidor tivesse contactado previamente as autoridades locais para os devidos efeitos.
Silva, acha mais estranho ainda que as autoridades locais, com todo o seu batalhão de fiscais, estejam impávidas e serenas, se tal contacto não tivesse acontecido.
Por outro lado, sugeriu que, em nome do jornalismo, o mínimo que deveria ser feito era ouvir a versão do investidor estrangeiro, se efectivamente é disso que se trata.
“Até agora não tivemos qualquer notícia desta reacção que me parece indispensável para juntarmos as pontas todas deste "titânico dossier", oferecendo-se assim ao público uma história melhor contada. Uma história que, note-se, só veio à público graças às Redes Sociais”, considerou.
Entretanto, uma reportagem da Televisão Pública de Angola (TPA), avançou que “o Governo provincial desconhece como a empresa vietnamita entrou e passou a explorar titânio no deserto do Namibe”, o que o governo local considerou preocupante.
Porém, o responsável da referida empresa, alegou tratar-se de mera prospecção e que, supostamente, não se estava a explorar o referido mineral, embora o tipo de máquinas encontradas no local provaram o contrário, visto que a empresa, já há algum tempo procede à exploração do recurso mineral estratégico.
O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, reagindo às informações, esclarece à opinião pública que a referida empresa não está licenciada, por não ter cumprido com os procedimentos exigidos pela Lei que aprova o Código Mineiro Angolano (Lei Nº 31/11 de 23 de Agosto, por isso orientou a suspensão imediata da actividade naquela região.