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Domingo, 30 Outubro 2022 00:40

Analista político diz que história da exploração de titânio “por vietnamitas” no Namibe não está bem contada

Na província do Namibe, imediações do parque nacional do Iona, uma área protegida, no município de Moçâmedes, existe uma empresa vietnamita a fazer exploração de Titânio com alegada finalidade de exportar para o continente asiático, apurou Angola24Horas.

O jornalista angolano e analista político, Reginaldo Silva, de modos a sustentar a sua opinião sobre o assunto mediático, começou por fazer referência ao comunicado do Executivo que diz que, a empresa (ainda) não cumpriu os procedimentos exigidos pelo Código Mineiro, o que para o jornalista, quer dizer que estava/está em curso um processo de investimento estrangeiro e que a localização do empreendimento já estaria definida.

“Afinal de contas, o que os jornalistas deviam/devem procurar saber é quais são estes procedimentos que não foram cumpridos, mas pelos vistos ainda não vi ninguém a consultar a legislação citada pelo comunicado governamental”, sublinhou.

Sinceramente, ressaltou, não estou a ver como todo aquele equipamento fosse alí instalado sem que o investidor tivesse contactado previamente as autoridades locais para os devidos efeitos.

Silva, acha mais estranho ainda que as autoridades locais, com todo o seu batalhão de fiscais, estejam impávidas e serenas, se tal contacto não tivesse acontecido.

Por outro lado, sugeriu que, em nome do jornalismo, o mínimo que deveria ser feito era ouvir a versão do investidor estrangeiro, se efectivamente é disso que se trata.

“Até agora não tivemos qualquer notícia desta reacção que me parece indispensável para juntarmos as pontas todas deste "titânico dossier", oferecendo-se assim ao público uma história melhor contada. Uma história que, note-se, só veio à público graças às Redes Sociais”, considerou.

Entretanto, uma reportagem da Televisão Pública de Angola (TPA), avançou que “o Governo provincial desconhece como a empresa vietnamita entrou e passou a explorar titânio no deserto do Namibe”, o que o governo local considerou preocupante.

Porém, o responsável da referida empresa, alegou tratar-se de mera prospecção e que, supostamente, não se estava a explorar o referido mineral, embora o tipo de máquinas encontradas no local provaram o contrário, visto que a empresa, já há algum tempo procede à exploração do recurso mineral estratégico.

O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, reagindo às informações, esclarece à opinião pública que a referida empresa não está licenciada, por não ter cumprido com os procedimentos exigidos pela Lei que aprova o Código Mineiro Angolano (Lei Nº 31/11 de 23 de Agosto, por isso orientou a suspensão imediata da actividade naquela região.

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