Na cerimónia, marcada por choros, lamentações, lágrimas incontidas, o dirigente disse, citando a mensagem de condolências do Ministro do Interior, que o Agente Bombeiro de 3ª Classe, Flávio Neto, era um efectivo comprometido com o lema da orgânica de "dar a vida para salvar vidas", a que este se comprometeu em servir, com toda a sua valentia e espírito de sacrifício.
Salvador Rodrigues "Dodó" sublinhou ainda que, Flávio Neto partiu para a eternidade, previamente, por motivos inexplicáveis e inconcebíveis, que entristecem a sociedade angolana e o mundo, deixando uma perda irreparável a esta instituição castrense e aos membros da família.
Na mesma nota, o Secretário de Estado do Interior, afirmou que o Agente, Agostinho Tchissululu, enquanto efectivo da Polícia Nacional, prestou um juramento à pátria, na garantia da ordem e tranquilidade pública, em todo o território nacional e nas variadas circunstâncias, que cumpriu com zelo e dedicação, enaltecendo o órgão policial e o Ministério de tutela.
"O fatídico incidente, que culminou com o falecimento do nosso efectivo da Polícia Nacional, está sinalizado nas nossas memórias e da família enlutada, que perdeu um de seus pilares, sendo um pai, filho, irmão, esposo e amigo", destacou o governante.
No acto, foram apresentadas mensagens de condolências vindas de várias entidades, ligadas ao MININT, Polícia Nacional de Angola, SME, Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, do Ministro, familiares, amigos e colegas.
No todo, as mensagens comungam ao reconhecerem que, de facto, os agentes assassinados deixam um vazio nos corações de todos, deixando igualmente, um vazio nas áreas em que durante a sua vida prestaram o seu saber.
Deixam dor e consternação, porquanto, em casa, no serviço, na escola ou mesmo na rua, os bravos efectivos espalharam o seu perfume, sua alegria e o carinho que todos testemunhamos.
No final da cerimónia, o Secretário "Dodó" disse, à imprensa que a situação é lamentável. "Todos lamentamos com o que aconteceu e devemos trabalhar para que este tipo de situações não ocorram no futuro" referiu.
Visivelmente entristecido, Salvador Rodrigues sublinhou que "é verdade que o ser humano tem comportamentos que, às vezes, não se percebe, pelo que devemos deixar que o inquérito termine para sabermos as reais motivações do caso" rematou.
De referir que, a cerimónia foi testemunhada pelos colegas dos dois agentes mortos a tiro, familiares, amigos e sociedade civil que se viu tocada com a situação.