Benedito Gonga, empossado no cargo no fim-de-semana, prometeu advogar junto da entidade patronal para corrigir algumas irregularidades que enfrentam os membros da classe.
“Ainda há uma grande assimetria em termos de tratamento para os médicos nacionais e para os médicos expatriados”, afirmou Gonga, quem prometeu “ajudar o nosso Governo, no sentido de se estabelecer uma igualdade ao tratar, ou no tratamento dos médicos nacionais”.
Os hospitais e centros de saúde, únicos com médicos, debatem-se com a ausência de condições de trabalho, como equipamentos médicos, meios de bio-segurança e medicamentos para o tratamento dos doentes, transporte, que reduzem a capacidade de intervenção daquele grupo de profissionais da saúde.
Nas unidades sanitárias no interior da província de Malanje, as dificuldades aumentam, referiu a médica Domingas Meneses, empossada como secretária adjunta para Administração e Finanças do SMA.
“Eu trabalho num município, trabalho todos os dias e só tenho descanso no sábado e domingo, [lá no município] não consigo sair (...) e isso não é valorizado. Eu ganho um salário base de banco, não recebo por chamada, então, vamos lutar por isso”, lamentou.
Por outro lado, o aumento de preços de todos os produtos da cesta básica afecta os médicos e as suas famílias, como referiu o secretário geral da organização em Malanje, António José, quem alertou para a gravidade das “iniciativas desestruturantes do sistema de saúde como a importação de profissionais estrangeiros, muitas vezes de qualidade duvidosa”.
A defesa dos trabalhadores sindicalizados pode melhorar na região com a criação dos sindicatos dos Trabalhadores da Função Pública, dos Trabalhadores da Educação, Cultura, Juventude e Desportos, e Comunicação Social, dos Médicos e da Saúde (por renovar), do secretariado do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários de Angola (SNEBA) e do núcleo de vendedores do Mercado Informal do bairro Cangambo.
A UNTA-Confederação Sindical realiza o sexto congresso ordinário em Agosto, próximo na capital angolana. VOA