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Domingo, 06 Junho 2021 10:00

Sizaltina Cutaia critica Governo pelas condições do milionário hospital de campanha

A comentarista do programa "Política no Feminino", da TPA, Sizaltina Cutaia, teceu duras críticas às autoridades, pelos resultados que se tem actualmente, das condições em que se encontra o Hospital da Campanha da Covid -19, em Luanda.

Segundo Sizaltina, quando o Mr Presidente inaugurou o hospital de campanha com capacidade para 1000 camas, em junho do ano passado, disseram que seria o hospital de referência nacional para o tratamento de pacientes infectados pelo COVID-19.

Recordou ainda que, de acordo com os milhões de dólares norte-americanos gastos e a toda a propaganda midiática, o hospital estava ao nível dos melhores do mundo.

"Hoje, chegam-nos informações que dão conta da morte de quase 20 pessoas no mesmo dia por falta de oxigénio no hospital de referência", considerou.

Para Sizaltina Cutaia, os dirigentes angolanos seguem lindos e cheirosos porque mandam num país onde não se prestam contas à absolutamente ninguém.

De salientar que, a Unidade Hospitalar em referência, foi adaptada em duas naves desocupadas da Zona Económica Especial (ZEE), em Viana, Luanda, cujas informações primárias avançavam que a mesma unidade iria dispor de uma capacidade de mais de mil camas.

O primeiro hospital de campanha no País, começou a funcionar dia 02 de junho 2020, em Viana, província de Luanda, já preparado para atender cerca de mil pacientes da Covid-19, custando aos cofres do Estado 1,2 mil milhões de kwanzas.

Importa realçar que, familiares e amigos de Luís Fernandes, um cidadão angolano falecido nesta quarta-feira, por Covid-19, neste mesmo Hospital de Campanha, insurgiu-se contra a equipa em serviço no momento do ocorrido, tendo causado graves lesões a um médico intensivista, segundo informou, o director-geral da unidade, coronel Domingos Francisco Boa Sebastião.

No entanto, a esposa do malogrado desmentiu tal informação, questionando como é possível agredir um militar, uma vez que estavam sem forças até para chorar o seu familiar.

"Isso é uma mentira grosseira. Estou sem chão, o meu marido e mais as outras vinte pessoas só morreram porque somos pobres, porque não temos dinheiro para pagar uma clínica. Mas eu quero justiça, mataram o meu marido, tenho quatro filhos para sustentar", conforme está.

O Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (EMG-FAA) Jorge Napoleão, repudiou tal atitude e negou às acusações que recaem sobre os profissionais do hospital campanha.

Segundo o responsável, o malogrado, Luís Fernandes deu entrada ao Hospital de Campanha de Viana, há uma semana, vindo de uma clínica privada e com um quadro preocupante de pneumonia e Covid-19.

O brigadeiro das FAA, terá afirmado que o Hospital de Campanha de Viana tem oxigénio suficiente para acudir todas as necessidades dos pacientes internados e "mesmo que, num quadro hipotético, ocorra falta de oxigénio, existem botijas de reservas”.

Já o director do Hospital de Campanha de Viana, coronel Domingos Sebastião, avançou que o paciente recebeu prévio tratamento médico, mas o diagnóstico dos exames de tomografia e laboratório indicavam haver uma infecção no pulmão.

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