Quarta, 18 de Junho de 2025
Follow Us

Terça, 29 Setembro 2020 11:54

Vuty "sobrinho da primeira-dama" fornece centenas de motorizadas à PIR sem concurso público

O piloto angolano, Hélder Coelho, mais conhecido por Vuty, importou recentemente, centenas de motorizadas de alta cilindrada para a Polícia de Intervenção Rápida (PIR), segundo revelou uma fonte do Comando-geral da Polícia Nacional.

De acordo com informações que Angola24Horas teve acesso, nesta segunda-feira, 28, o profissional de motociclismo, terá alegadamente importado as referidas motorizadas "top de gama" sem se candidatar à um concurso público.

“Não sabemos como foi feito o esquema, nem se sabe quanto é que o Estado terá que desembolsar para pagar as motorizadas, sequer ouvimos falar da abertura de um concurso público para o efeito. Hélder Coelho (Vuty) é filho da irmã mais velha de Ana Dias Lourenço, logo sobrinho do Presidente da República, João Lourenço", avançou a fonte.

Um jurista, cuja identidade repousa sob anonimato, comentou que se está perante um caso de falta de transparência que pode ser configurado como um acto de corrupção, alertando que é preciso apurar se o negócio terá sido feito com o aval e conhecimento do Palácio da Cidade Alta ou apenas  uma iniciativa privada acertada entre Hélder Coelho “Vuty”, Ministério do Interior e o Comando-Geral da Polícia Nacional.

Em Março último, refere-se, Cristina Lourenço, filha do Presidente da República, foi nomeada pela ministra das Finanças, Vera Daves para o cargo de administradora executiva da Bolsa de Valores de Angola (Bodiva), cujo acto, o presidente da Associação Angolana Mãos Livres, Salvador Freire, e o politólogo Olívio Nkilumbo, consideraram “fragilidade às acções de combate à corrupção e nepotismo” a cabo em Angola.

No poder há três anos, como chefe de Estado, desde 26 de Setembro, o Presidente da República, João Lourenço, foi presenteado por centenas de jovens angolanos que marcharam em gesto de insatisfação neste sábado, em Luanda, contra o desemprego.

“O país está completamente em estado de abandono. Estamos perante uma governação infeliz”, considerou o porta-voz do protesto, Fernando Sakwayela.

Os manifestantes reivindicaram o cumprimento das promessas eleitorais do MPLA, feitas pelo então cabeça de lista, o actual presidente João Lourenço, de criação de 500 mil empregos, num protesto marcado por alguns momentos de tensão, com os agentes da Polícia Nacional, mas também pela “conquista” da liberdade de expressão e justiça.

Rate this item
(0 votes)