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Sábado, 05 Setembro 2020 01:15

Autópsia ao corpo do médico descarta agressão física

A autópsia ao corpo do médico Sílvio Dala, falecido na terça-feira, na esquadra dos Calotes, no bairro Rocha Pinto, Distrito Urbano da Maianga, em Luanda, feita ontem, não revelou sinais de agressão física, disse o porta-voz do Ministério do Interior.

Falando à TV Zimbo, o comissário Waldemar José informou que os familiares acompanharam os exames. O médico sofria de hipertensão arterial, explicou, por seu lado, o director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa da Delegação Provincial de Luanda do Ministério do Interior.

Hermenegildo de Brito confirmou que a Polícia Nacional levou para a unidade da corporação o médico do Hospital Pediátrico David Bernardino, por conduzir uma viatura sem máscara facial, para o pagamento da multa prevista no Decreto Presidencial do Estado de Calamidade Pública.

De acordo com o intendente Hermenegildo de Brito, momentos depois de chegar à unidade, Sílvio Dala “apresentou sinais de fadiga, começou a desfalecer” e, na sequência, teve uma queda aparatosa, feriu-se na cabeça e esvaiu-se em sangue, acabando por morrer a caminho do Hospital do Prenda.

Como não havia um terminal de multicaixa nos arredores, segundo o oficial da Polícia Nacional, o médico telefonou a um familiar para efectuar o pagamento da multa e “minutos depois, começou a apresentar sinais de fadiga e a desfalecer”. Hermenegildo de Brito explicou que num contacto feito com a família, a corporação recebeu a informação de que o médico sofria de hipertensão arterial, tendo o Serviço de Investigação Criminal removido o corpo de Sílvio Dala para a morgue do Hospital Josina Machel.

O Sindicato Nacional dos Médicos de Angola, (SINMEA) afirma, em comunicado, que o malogrado “foi colocado numa cela da Polícia Nacional, sendo vítima de um choque hipovolémico por paragem cardiorespiratória irreversível, depois de embater com a cabeça num objecto contundente”. “Mesmo assim, a Polícia Nacional manteve-o na cela e horas depois foi encontrado morto”, explica o SINMEA que diz ter tomado conhecimento do caso através do pai da vítima, que se encontra na província do Cuanza-Norte.

Segundo fonte do sindicato, os colegas do malogrado, ao tomarem conhecimento do sucedido, deslocaram-se à morgue,“encontraram a gaveta cheia de sangue e o corpo com ferida incisa, tipo corte na região occipital, presumindo” que “terá sido submetido a pancadaria e a duros golpes, que resultaram na ferida e sangramento”.

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