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Quarta, 20 Novembro 2019 14:29

Oncologia regista quatro casos de cancro da próstata/dia em Luanda

Quatro a cinco casos de cancro da próstata são diagnosticados diariamente durante as consultas de urologia no Instituto Nacional Combate ao Cancro, informou, nesta quarta-feira, a médica radioncologista Isabel Vunda.

A médica acredita que haja mais casos que não chegam ao conhecimento das autoridades sanitárias devido ao tabu, pois muitos homens se negam a fazer o toque rectal, por considerarem ser um exame invasivo.

O cancro da próstada, também denominado de carcinoma da próstata, é uma neoplasia que tem o seu desenvolvimento na próstata, uma glândula do sistema reprodutor masculino.

O cancro da prostata é o segundo tipo de cancro mais comum em homens, sendo considerado um tumor da terceira idade. Isso se deve ao facto de que mais da metade dos casos ocorre em pessoas com mais de 65 anos de idade.

Geralmente, os sintomas de cancro da próstata incluem problemas urinários, incapacidade de urinar ou dificuldade em iniciar ou parar o fluxo de urina, necessidade frequente de urinar, principalmente à noite.

Fluxo de urina fraco ou intermitente, dor ou ardor durante a micção, dificuldade em ter uma erecção, sangue na urina ou no sémen e dor frequente na zona inferior das costas, nas ancas ou na zona superior das coxas, são outros sintomas da doença.

Isabel Vunda, que falava à ANGOP a propósito do Novembro Azul, mês dedicado a sensibilização contra o cancro da próstata, referiu que a maioria dos casos só é diagnosticada em consultas de urologia e os pacientes só aceitam fazer o toque rectal por apresentarem problemas ligados a impotência sexual.

Apesar de ser uma doença grave, cerca de 90 por cento dos casos são passíveis de cura, desde que o diagnóstico seja realizado precocemente.

Considerou como grande desafio, a necessidade de se vencer o preconceito, pois a maioria dos homens evita procurar o médico por temer o exame de toque rectal, que, além do cancro, é importante para diagnosticar outros problemas anorretais e da próstata.

A próstata é uma importante glândula do sistema reprodutor masculino, responsável por produzir uma secreção que compõe o sêmen. Essa secreção possui nutrientes para os espermatozoides e também enzimas anticoagulantes, sendo fundamental, portanto, para garantir um ambiente adequado para os gametas masculinos.

Sintomas

Os principais sintomas desse tipo de cancro são a diminuição do jacto de urina e aumento na frequência urinária, bem como aparecimento de sangue na urina.

Muitas vezes, esses sintomas estão relacionados não com o cancro, e sim com o crescimento benigno da próstata, uma condição comum em pessoas mais velhas.

Diagnóstico

Para diagnosticar o cancro de próstata, é fundamental a realização do exame de toque e o de sangue, que é conhecido como PSA (Antígeno Prostático Específico).

Esses dois exames, apesar de sua importância, não podem ser usados de maneira isolada para afirmar com precisão a ausência ou presença de cancro.

Em caso de alteração nesses exames, pode-se solicitar uma biópsia para a confirmação da presença do tumor e exames de imagem para verificar se outras áreas foram atingidas.

Recomenda-se que, a partir dos 50 anos, o urologista seja procurado anualmente para a realização dos exames. Pacientes que possuem histórico familiar da doença devem procurar o médico a partir dos 45 anos de idade.

Estima-se que homens com parentes próximos que tiveram esse tipo de cancro antes dos 60 anos possuam, em média, 3 a 10 vezes mais riscos de desenvolver a doença.

Prevenção

Uma alimentação saudável, rica em verduras, vitaminas e cereais, é uma das formas de prevenir diversas doenças.

Além disso, é importante evitar gorduras de origem animal, bem como consumir excessivamente de carne. Não fumar, beber moderadamente e realizar actividades físicas também parecem ajudar a diminuir os riscos de apresentar a doença ou o surgimento de formas mais graves.

Tratamento

O tratamento depende de vários factores, como estado actual de saúde do paciente e o estádio do cancro. Normalmente os tratamentos mais adoptados são a cirurgia e a radioterapia.

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