Angola já escolheu, Portugal já aprovou, mas o novo embaixador angolano em Lisboa, que irá substituir Marcos Barrica, não vai ser indicado já. A cadeira vai permanecer vazia porque o presidente angolano, João Lourenço, quer dar um sinal de que as relações diplomáticas entre Luanda e Lisboa continuam tensas por causa do processo judicial de Manuel Vicente, avança o semanário Expresso. “Os sucessivos avisos feito pelo Presidente [de Angola] são para ser levados a sério”, disse àquele jornal fonte da presidência angolana.
A coligação angolana CASA-CE classifica como "uma mudança na continuidade" o anúncio da candidatura de João Lourenço, atual chefe de Estado, ao cargo de presidente do MPLA e a consequente saída do poder de José Eduardo dos Santos.
A UNITA manifestou-se hoje cética ao anúncio sobre a realização de um congresso extraordinário, em setembro deste ano, para José Eduardo dos Santos deixar a presidência do MPLA, partido no poder em Angola, para João Lourenço.
Notícia foi avançada por um comentador político e académico angolano
O comentador político e académico angolano Jonuel Gonçalves considerou hoje à agência Lusa que a tentativa de José Eduardo dos Santos alterar a data limite de saída da direção do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) "falhou".
O MPLA aprovou hoje a realização de um congresso extraordinário na primeira quinzena de setembro deste ano e a candidatura de João Lourenço ao cargo de presidente do partido, ocupado desde 1979 por José Eduardo dos Santos.
O Presidente da República, João Lourenço, orientou hoje a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação para criar as condições para realização de eleições em todas as universidades públicas e suas unidades orgânicas, a partir do ano lectivo 2019.
A questão da transição pacífica na liderança do MPLA, partido que governa o país, foi esta quinta-feira, em Luanda, abordada entre responsáveis religiosos e o presidente desta formação política, José Eduardo dos Santos.