Cidade da Praia - O ex-Presidente da República, Pedro Pires considerou hoje que a prisão de activistas angolanos acusados de tentarem derrubar o Governo é consequência de uma transição de gerações que classifica ser “um fenómeno complexo”.
O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) criticou hoje a "pressão" estrangeira sobre as autoridades angolanas no caso dos 15 ativistas detidos desde junho, dizendo que é tempo de "cerrar fileiras" em torno do Presidente angolano.
O 1º Secretário Provincial de Malanje do Mpla, Norberto dos Santos “Kwata Kanawa”, reiterou sábado nesta cidade, que os angolanos nunca irão ceder a pressão estrangeira que se tem verificado nos últimos tempos.
Os presidentes dos seis principais partidos políticos da oposição angolana apelaram, em posição conjunta, à libertação dos 15 ativistas detidos em Luanda desde junho e à “completa independência” dos tribunais para garantir “julgamentos justos” em Angola.
O secretário do comité do MPLA de Luanda para Organização e Mobilização Periférica e Rural , Bento dos Santos "Kamganba" aconselhou hoje, terça-feira, os citadinos a evitar acções de retaliação e justiça por mãos próprias sempre que estejam envolvidos em conflitos familiares ou de outra espécie.
O embaixador de Angola em Portugal comunicou ao Ministério dos Negócios Estrangeiros português "desagrado" pela aprovação de um voto de solidariedade com os 15 ativistas detidos em Luanda desde junho, apontando uma ingerência nos assuntos nacionais.
As críticas violentas de Angola ao governo português sucedem-se: depois do embaixador angolano em Portugal, no fim-de-semana, desta vez foi o número dois do MPLA em Luanda.