O procurador-geral da República (PGR) de Angola admitiu esta sexta-feira que a justiça angolana não teria podido investigar a empresária Isabel dos Santos durante a liderança do seu pai, o ex-Presidente José Eduardo dos Santos, por pressão do poder político.
Em entrevista à Lusa, Hélder Pitta Grós comentou o processo de corrupção que envolve Manuel Vicente e que foi enviado pela justiça portuguesa para Luanda, ao abrigo do acordo de cooperação judiciária entre os dois países.
O Parlamento angolano aprovou, na generalidade, a proposta de Lei da Expropriação por Utilidade Pública, que substitui o diploma colonial de 1968 e atribui o direito de declarar utilidade pública ao Presidente da República e ao governador provincial.
O antigo embaixador de Angola junto das Nações Unidas, em Genebra, Adriano Parreira, é autor das primeiras denúncias contra as mais altas figuras do Estado angolano. Adriano Parreira defende, por exemplo, que Manuel Vicente deve ser chamado pela Procuradoria Geral de Angola, e critica a atuação da Procuradoria Geral da República de Portugal.
O Presidente da República, João Lourenço, procedeu hoje, quinta-feira, à exoneração e nomeação de embaixadores.
A vice-presidente do MPLA defendeu hoje que as riquezas do país devem ser divididas por todos os angolanos, pelo que o partido no poder em Angola se propôs a combater a corrupção.
O procurador-geral da República de Angola pediu hoje à sua homóloga portuguesa cooperação judicial no inquérito crime que investiga operações financeiras realizadas por Isabel dos Santos como transferências da Sonangol para o Dubai.