O apelo foi dirigida pelo vice-presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola -UNITA- Raul Danda, para encontrar respostas à situação sanitária do país.
O governador provincial de Malanje pediu aos responsáveis do sistema de saúde a aplicação de um plano de emergência para fazer face à crise dos hospitais angolanos que lutam com a falta de medicamentos e materiais.
Para a UNITA, Angola está a viver "uma verdadeira tragédia". O líder parlamentar da UNITA, o principal partido de oposição em Angola, Raúl Danda, pediu uma intervenção do Presidente da República e descreve o cenário que se vivem em muitos hospitais angolanos; "nós estamos com os hospitais sem medicamentos, sem material gastável, o que significa que não há luvas, não há pensos, não há rigorosamente nada".
Segundo a descrição de Raúl Danda, a situação é dramática uma vez que " morrem mais de uma centena de pessoas por dia, fora as unidades hospitalares dos bairros cujos números não são contabilizado. Se formos ao números reais é simplesmente assustador. Quem manda no país resolveu desviar o dinheiro todo, desapareceram biliões de dólares dos cofres do Estado e nem há dinheiro para salvar vidas."
À Rádio Nacional de Angola, o governador de Luanda, Higino Carneiro, chamou atenção aos profissionais de saúde no sentido de empreenderem maior esforço e dedicação, para se inverter o índice de mortes por malária, que se regista nas unidades hospitalares da Província de Luanda.
O governador de Luanda disse que tem recebido informações de que muitos médicos de diversos hospitais abandonam os seus postos de trabalho “para irem fazer compras à China para revenderem”.
Este comportamento indecente dos profissionais que se abstêm ao trabalho para viagens particulares em busca de produtos para comercializar é feito com o conhecimento dos directores dos hospitais que os encobrem sem marcação de faltas.
Higino Carneiro fez o apelo durante o encontro que manteve com os responsáveis da saúde para resolver a situação sanitária local.
RFI