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Sexta, 18 Março 2016 21:45

"Mil milhões de dólares desviados dos cofres de Angola"

O maior partido da oposição exortou o Presidente angolano José Eduardo dos Santos para se pronunciar e declarar estado de calamidade nacional perante a crise que o sector de saúde está a viver.

O apelo foi dirigida pelo vice-presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola -UNITA-  Raul Danda, para encontrar respostas à situação sanitária do país.

O governador provincial de Malanje pediu aos responsáveis do sistema de saúde a aplicação de um plano de emergência para fazer face à crise dos hospitais angolanos que lutam com a falta de medicamentos e materiais.

Para a UNITA, Angola está a viver "uma verdadeira tragédia". O líder parlamentar da UNITA, o principal partido de oposição em Angola, Raúl Danda, pediu uma intervenção do Presidente da República e descreve o cenário que se vivem em muitos hospitais angolanos; "nós estamos com os hospitais sem medicamentos, sem material gastável, o que significa que não há luvas, não há pensos, não há rigorosamente nada".

Segundo a descrição de Raúl Danda, a situação é dramática uma vez que " morrem mais de uma centena de pessoas por dia, fora as unidades hospitalares dos bairros cujos números não são contabilizado. Se formos ao números reais é simplesmente assustador. Quem manda no país resolveu desviar o dinheiro todo, desapareceram biliões de dólares dos cofres do Estado e nem há dinheiro para salvar vidas."

À Rádio Nacional de Angola, o governador de Luanda, Higino Carneiro, chamou atenção aos profissionais de saúde no sentido de empreenderem maior esforço e dedicação, para se inverter o índice de mortes por malária, que se regista nas unidades hospitalares da Província de Luanda.

O governador de Luanda disse que tem recebido informações de que muitos médicos de diversos hospitais abandonam os seus postos de trabalho “para irem fazer compras à China para revenderem”.

Este comportamento indecente dos profissionais que se abstêm ao trabalho para viagens particulares em busca de produtos para comercializar é feito com o conhecimento dos directores dos hospitais que os encobrem sem marcação de faltas.

Higino Carneiro fez o apelo durante o encontro que manteve com os responsáveis da saúde para resolver a situação sanitária local.

RFI

 

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