Os jornalistas do diário generalista foram retirados da sala nas instalações da Liga Angolana de Amizade e Solidariedade para com os Povos (LAASP), onde decorreu o lançamento da campanha. Antes do início da actividade, os jornalistas foram surpreendidos por um membro da organização da campanha do líder da UNITA, que concorre a um quarto mandato consecutivo.
O militante da UNITA, que não se identificou, dirigiu-se unicamente à equipa do Jornal de Angola a quem pediu identificação e, em seguida, orientou que abandonasse o local. Sem mais explicações, o membro da UNITA alegou que o Jornal de Angola não tinha sido convidado para a cobertura do evento.
Os jornalistas do Jornal de Angola foram os únicos visados pela decisão da equipa de Samakuva. A TPA, outro órgão público de comunicação social público, até ao momento da saída dos jornalistas do Jornal de Angola permaneceu no local. A posição da UNITA configura uma violação clara do direito constitucional fundamental de informação. O secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos considerou, ao Jornal de Angola, “reprovável” a postura da candidatura de Isaías Samakuva. Teixeira Cândido disse que essa decisão viola o direito ao acesso às fontes de informação, atropelando a liberdade de imprensa.
O secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos considera que a partir do momento em que há um anúncio público da realização da actividade os jornalistas estão autorizados a cobrir o evento. “O Sindicato dos Jornalistas Angolanos não pode ficar indiferente a esta atitude dos membros da UNITA”, disse. À frente dos destinos da UNITA desde 2003, Isaías Samakuva concorre para um quarto mandato consecutivo, depois de ter vencido a concorrência nos congressos de 2003, 2007 e 2011. Em Dezembro próximo realiza-se o XII Congresso e Samakuva enfrenta Lukamba Paulo “Gato”, com quem já concorreu em 2003, e Abílio Kamalata Numa, tido como um dos maiores críticos da sua gestão.
Jornal de Angola