De acordo com informação enviada hoje à Lusa por aquele ministério, na capital brasileira, o governante angolano vai acompanhar as festividades locais alusivas à independência do país. Georges Chikoti participa ainda, na sexta-feira, juntamente com o seu homólogo brasileiro, Mauro Vieira, num seminário sobre os 40 anos do estabelecimento de relações político-diplomáticas entre Angola e o Brasil.
O Brasil é hoje um dos principais financiadores da reconstrução angolana, com linhas de crédito atribuídas para garantir obras e investimento de empresas brasileiras em Angola.
Este relacionamento bilateral foi sublinhado na mensagem do chefe de Estado angolano à nação, a propósito das comemorações dos 40 anos da independência do país, a 11 de novembro de 1975, com José Eduardo dos Santos a enaltecer que o Brasil foi o primeiro país que “acreditou” em Angola.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MIREX) de Angola, o seminário que vai decorrer em Brasília “visa fazer o balanço do percurso histórico das relações de cooperação bilateral Angola-Brasil e perspetivar o seu futuro”.
Na segunda-feira, Georges Chikoti desloca-se aos Estados Unidos onde, além de se encontrar com autoridades americanas, participará no dia 18 num evento organizado pelo Governo angolano a propósito dos 40 anos da Independência, “Angola Day”.
No Departamento de Estado, o chefe da diplomacia angolana deve ser recebido pela secretária de Estado Assistente para os Assuntos Africanos Linda Thomas-Greenfield.
De acordo com a página do Wilson Center Africa, em Washington, o evento intitula-se “Angola em 40 anos: Progresso, desafios e futuro” e, como a designação indica, visa “analisar os avanços do país desde a independência, a situação actual e as oportunidades que se abrem tanto políticas como económicas”.
O seminário pretende também realçar as perspectivas de desenvolvimento inclusivo e sustentável de Angola, e discutir o estado actual e futuro das relações entre Washington e Luanda.
Além do ministro Georges Chikoti, intervêm no evento a embaixadora americana em Luanda, Helen La Lime, o embaixador angolano em Washington Agostinho Tavares da Silva Neto, o ministro angolano da economia Abrahão Gourgel, o responsável para África do thing thank Chatham House Alexander Vines, o responsável das relações com os governos da Amnistia Internacional Adotei Akwei, o representante da Covington & Burling LLP Witney Schneidman e o director internacional de relações com os governos da Chevron Mamadou Beye.
Na nota introdutória do Angola Day, o Wilson Center Africa escreve que, devido às suas enormes reservas minerais de petrolíferas, Angola foi uma das economias que mais cresceram no mundo.
Entretanto, “apesar desse crescimento económico, o desenvolvimento não chegou à maioria da população”, com a desigualdade e a pobreza a marcarem a agenda do país.
A nota lembra que, segundo as Nações Unidas, “Angola ocupa a posição 93 num universo de 137 países em matéria de objectivos do desenvolvimento do milénio”.
O Wilson Center Africa regista também o aumento de preocupações em matéria de direitos humanos e à governação do país”.
Lusa | Voanews