Antes da análise do documento, em declarações à imprensa, o presidente do partido, Nimi a Simbi, reconheceu que a formação política atravessa uma fase delicada marcada por desafios internos, dificuldades financeiras e a necessidade de se reestruturar diante da nova divisão político-administrativa do país.
Deu a conhecer que a organização está a preparar-se para activar as suas estruturas nas províncias e municípios recém-criados.
Segundo o político, "não se pode fazer política sem representação ao nível da base", referindo que, nesse sentido, o seu partido já nomeou novos responsáveis provinciais e está em processo de nomeação de dirigentes municipais.
“A mudança no mapa político-administrativo, que já foi aprovada pela Assembleia Nacional, exige uma rápida adaptação dos partidos políticos. Para a FNLA, isso representa não apenas uma reorganização estrutural, mas também um teste de unidade interna, especialmente num momento em que ainda existem alguns desentendimentos" e desconfiança entre militantes", notou.
Na reunião, de acordo com Nimi a Simbi, estava previsto uma abordagem sobre a dívida de cerca de 20 milhões de kwanzas relacionada aos serviços prestados no congresso de 2015.
Salientou que o caso foi levado à justiça e o tribunal decidiu pelo bloqueio das contas do partido devido à ausência de representação legal da FNLA na altura do processo.
"Estamos a negociar com a outra parte e quase que já encontramos um denominador comum", assegurou. Indicando que os pagamentos já foram iniciados.
Questionado sobre a existência de duas alas dentro do partido, o político confirmou indirectamente a divisão, afirmando que o diálogo continua sendo a via preferencial para a resolução de conflitos internos.
Nas últimas eleições, de 2022, esta formação política conseguiu eleger dois deputados à Assembleia Nacional.