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Terça, 05 Novembro 2013 15:55

Ministro da Justiça angolano diz que relações com Portugal "estão bem"

O ministro de Justiça, Rui Mangueira O ministro de Justiça, Rui Mangueira

Ministro da Justiça diz que "não há dificuldade nenhuma" na relação com Portugal e admite cimeira bilateral, mas não em Fevereiro.

"A cooperação bilateral entre Angola e Portugal mantêm-se, não há dificuldade nenhuma e não me cabe aqui fazer uma interpretação sobre aquilo que o Presidente da República já disse. Portanto, nós, neste momento, estamos a trabalhar normalmente com Portugal, não temos dificuldade nenhuma, a única questão é que a cimeira que estava prevista para o mês de Fevereiro não se vai realizar, mas depois, através de contactos bilaterais, vamos realizar a cimeira", afirmou Rui Mangueira, ministro angolano da Justiça, em declarações exclusivas ao Económico e à Renascença. As relações com Portugal, continuou, "estão bem".

As declarações, feitas à margem da conferência ministerial do fórum de cooperação económica entre a China e os países lusófonos, que decorre em Macau, surgem depois de o Ministério Público português ter confirmado que a investigação que envolvia o Procurador-Geral da República de Angola foi arquivada.

Nos últimos meses, Portugal e Angola conviveram num ambiente diplomático tenso. Os processos que correm na justiça portuguesa envolvendo altas figuras do regime angolano causaram mal-estar em Luanda, que criticou por diversas vezes a violação do segredo de Justiça. O ponto mais alto da tensão foi o discurso do presidente José Eduardo dos Santos, em que declarou não haver condições para construir uma "parceria estratégica" com Portugal.

Em Lisboa, a notícia de que Rui Machete pediu, em Luanda, desculpas diplomáticas por causa desses processos judiciais levantou uma chuva de críticas, com a oposição a unir-se num pedido de demissão que acabou por não acontecer.

Durante todo este tempo o Governo português insistiu contudo que a relação com Angola é prioritária, tendo Paulo Portas dito mesmo que é "insubstituível".

As declarações de hoje do ministro angolano surgem também numa semana em que Assunção Esteves está em Luanda para participar na IV Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Economico

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