"Se a Assembleia Nacional ou o Executivo aprovarem hoje ou amanhã a implementação do voto electrónico no País, nós vamos avançar", disse aos jornalistas o comissário da CNE, João Domingos, que falava à margem do 19º aniversário desta instituição assinalado esta segunda-feira.
"Se isso acontecer, nós vamos avançar sem problemas", acrescentou João Domingos
Para o analista político Ramos António Salvaterra Coxe, a implementação de soluções de voto electrónico confere maior celeridade às operações de votação e apuramento, melhorando toda a gestão do próprio procedimento, com vista a atingir ganhos de eficiência e, ao mesmo tempo, manter ou aumentar as garantias de segurança e credibilidade de todo o processo.
"O objectivo do voto electr"nico não é apenas ter um sistema seguro, mas ter uma democracia segura. Há muitas zonas de difícil acesso no País onde ficam as assembleias de voto, mas com voto electrónico, os resultados chegam a tempo e horas", acrescentou.
Refira-se que a CNE, órgão independente que organiza, executa, coordena e conduz os processos eleitorais, é composta por 17 membros, 16 dos quais designados pela Assembleia Nacional, por maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções.
Até aqui, o Parlamento angolano ainda não decidiu a composição da CNE.
Recentemente foi aprovado na especialidade a composição da Comissão Nacional Eleitoral, atribuindo nove representantes ao MPLA (no poder), cinco à UNITA e ao Grupo parlamentar misto PRS-FNLA e ao PHA um cada.
Esta composição não gerou consenso, obrigamdo o Grupo Parlamentar misto PRS/FNLA a dissolver-se, porque corria o risco de perderem um comissário a favor do partido no poder. NJ