“A Igreja católica e o mundo em geral perdem uma figura que prestou um significativo contributo ao papel positivo e notavelmente construtivo que a igreja católica vem desempenhando no mundo, em prol de um humanismo cada vez mais necessário nos tempos que correm, na relação entre Povos, Nações e Indivíduos”, escreveu João Lourenço na mensagem enviada ao papa Francisco.
O chefe de Estado angolano disse, na mensagem que a Presidência replicou na rede social Facebook, que recebeu por isso com pesar a notícia da morte de Bento XVI, este sábado.
João Lourenço, que se encontra em Brasília para a tomada de posse de Lula da Silva como novo Presidente do Brasil, apresentou condolências ao Papa e também “aos católicos espalhados pelo universo”.
O funeral de Bento XVI, que morreu sábado aos 95 anos, realiza-se na quinta-feira, na Praça de São Pedro, no Vaticano, às 09:30 locais (08:30 em Lisboa), numa celebração presidida pelo Papa Francisco.
Os restos mortais do papa emérito serão expostos na Basílica de São Pedro, no Vaticano, para que os fiéis que queiram possam dar-lhe um último adeus a partir desta segunda-feira, 02 de janeiro.
O papa emérito Bento XVI abalou a Igreja ao resignar do pontificado por motivos de saúde, em 11 de fevereiro de 2013, dois meses antes de comemorar oito anos no cargo.
Joseph Ratzinger, que foi papa entre 2005 e 2013, nasceu em 1927 em Marktl am Inn, na diocese alemã de Passau, tornando-se no primeiro alemão a chefiar a Igreja Católica em muitos séculos e um representante da linha mais dogmática da Igreja.
Os abusos sexuais a menores por padres e o “Vatileaks”, caso em que se revelaram documentos confidenciais do papa, foram temas que agitaram o seu pontificado.
Bento XVI classificou os abusos como um "crime hediondo" e pediu desculpa às vítimas.