Na sua mensagem, João Lourenço fez questão de lembrar aos cidadãos angolanos que, hoje, 03 de Maio, é o dia mundialmente consagrado à Liberdade de Imprensa, o que muitos, em reação aos pronunciamentos do presidente consideram uma utopia em Angola.
"O meu apreço vai hoje para os jornalistas e outros profissionais, que fazem da liberdade de imprensa um instrumento poderoso para o fortalecimento da Democracia e a promoção da paz social e desenvolvimento", escreveu João Lourenço, reiterando "Feliz 3 de Maio a todos!".
Logo após a publicação do seu desejo, inúmeras foram as reacções negativas, comparando-as com as positivas, entre as quais destacamos algumas.
Por exemplo, um cidadãos nacional, de cuja identidade repousa sob anonimato, observou que o presidente João Lourenço não está em condições para falar da liberdade de imprensa e acrescentou que este direito em Angola é uma vergonha, pelo que espera que haja mudança.
"Atenção sei que quem pensa diferente para o senhor presidente e o seu partido é da oposição, eu só apenas um Angolano que luta por uma Angola melhor. Sei que os senhores são alérgico a verdade mas podemos mudar para o melhor e fazermos uma Angola melhor para todos nós, estamos aqui para ajudar o senhor presidente a governar bem o país", apelou.
Exortou no entanto que há uma grande necessidade de se construir uma comunicação social para todos, em que cada um seja livre de expressar aquilo que sentem e sem ser perseguido por aqueles que pensam diferente.
"Temos que crescer muito Sr PR. Ainda há muita censura e muita manipulação na Imprensa. Há forças superiores que controlam isto", ressaltou.
Um outro interveniente, questionou simplesmente ao presidente da República e do MPLA, se faz desta liberdade, o instrumento poderoso para o fortalecimento da Democracia e a promoção da paz social e desenvolvimento. "Se sim, penso humildemente que o faz muito mal. Se não, penso que já está na altura de o fazer".
Muito sinceramente, disse igualmente outro cidadão, a liberdade de imprensa anda um bocado beliscada porque o que está acontecer com a TV Zimbo e Rádio Nacional é um atentado contra o jornalismo imparcial.
Ainda entre os destacados por este jornal, há outro que afirmou que nunca hávera Liberdade de Impresa, quando na verdade estes profissionais auferem um sálario medíocre e da pouca vergonha, sendo por isto que muitos Jornalistas se vendem até por um saco de arroz e em defesa do seu pão (emprego).
"So haverá Liberdade de Impresa em Angola, quando o senhor Presidente deixar de nomear os Ministros e os PCAs da TPA porque estes também só são coniventes com as tuas ideias", atirou.
De salientar que a Liberdade de imprensa é a capacidade de um indivíduo de publicar e dispor de acesso a informação, através de meios de comunicação em massa, sem interferência do estado. Embora a liberdade de imprensa seja a ausência da influência estatal, ela pode ser garantida pelo governo através da legislação.
Em Angola, analistas políticos e membros da sociedade civil, de vários estratos sociais consideram este direito constitucionalmente consagrado, uma utopia.