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Sexta, 01 Abril 2022 14:15

Líder da FNLA promete apresentar ao PR “preocupações” do partido que encontrou “desorganizado”

O presidente da Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA, oposição) disse que “vai regressar, em breve”, ao Palácio Presidencial, onde hoje foi recebido pelo Presidente angolano, para apresentar as “preocupações” do partido que encontrou “completamente desorganizado”.

“Hoje não coloquei problema algum, mas depois vou voltar para colocar, há sim muitas preocupações para colocar, mas acho que o momento ainda não é oportuno para falar deles à imprensa”, respondeu à Lusa Nimi a Nsimbi à saída da audiência que lhe foi concedida pelo Presidente angolano, João Lourenço.

O líder da FNLA, no cargo há seis meses, disse que recebeu do Presidente angolano garantias de que “as portas do Palácio Presidencial estarão sempre abertas” ao histórico partido angolano, fundado por Holden Roberto.

“Porque nos encontrámos pela última vez há muito tempo, daí que providenciou este encontro e manifestou o seu desejo de que cada vez que tiver problema a colocar ao Presidente [da República] as portas estarão abertas”, salientou.

Nimi a Nsimbi, eleito em setembro de 2021 para o cargo partidário, em substituição de Lucas Ngonda, foi empossado na quinta-feira como novo membro do Conselho da República.

O líder da FNLA, partido que esteve mergulhado anos em problemas e divisões internas, assumiu que encontrou o partido “completamente desorganizado”.

“Agora estamos a trabalhar com a organização de assembleias provinciais eletivas e já vamos empossar os secretários eleitos e vamos continuar a repor o partido a nível do país”, assegurou.

Angola realiza as próximas eleições gerais, as quintas da história do país, em agosto próximo.

Sobre o ambiente pré-eleitoral marcado por alguma tensão sociopolítica, Nimi a Nsimbi augura por eleições com lisura e transparência, garantindo que o seu partido “nunca vai enveredar pela violência”.

“Eu disse ao Presidente da República que a FNLA nunca vai enveredar pela violência, sou psicólogo de formação e na psicologia a terapia é o diálogo, muita coisa se ultrapassa na sociedade quando as pessoas dialogam, se surgir um problema vamos dialogar”, rematou.

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