Moro recebeu Sebastião Domingos Gunza, Ministro inspetor-geral da Administração do Estado de Angola. Na ocasião, o inspetor-geral explicou o contexto político e histórico de Angola e os esforços em combater a corrupção e a improbidade administrativa.
O ministro da Justiça e Segurança Pública abordou sucintamente a atribuição da pasta e colocou a instituição à disposição para colaborar e cooperar com a delegação. Está prevista reunião com representantes do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), para conhecer a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla).
Fizeram parte da delegação angolana, além do inspetor-geral: embaixador de Angola no Brasil, Nelson Manuel Cosme; Tomás Gabriel Neto Joaquim, inspetor-geral-adjunto da Administração do Estado de Angola; Rosa Micolo dos Santos, inspetora-geral-adjunta da Administração do Estado de Angola; Simão Mateus, diretor do Gabinete de Intercâmbio e Cooperação da Inspeção Geral da Administração do Estado; António André Simões, diretor do Gabinete do Inspetor-Geral da Administração do Estado; e Daniel Domingos João, diretor do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa.
Estivera no Brasil em Junho um grupo de oito angolanos reúne integrantes da PGR (Procuradoria Geral da República) e do Sinse (Serviço de Inteligência e Segurança de Estado), Marcelino Bonzela Franco, chefe da delegação comentou sobre a “caça aos marimbondos”, expressão usada para a investigação de pessoas que se apropriam dos bens do Estado de forma ilícita.
“Já começamos a fazer a recuperação de bens, agora falta a parte da gestão. Viemos aqui aprender”, afirmou ele.
O promotor Francisco Cardoso lembrou que a Direção de Recuperação de Ativos, órgão criado recentemente pela PGR, recuperou US$ 5 bilhões desviados do Fundo Soberano de Angola.
No início do primeiro painel, Cardoso chamou a atenção para a mudança do foco de atuação: ao invés de se buscar os criminosos, fazer o caminho percorrido pelo dinheiro.
“O fluxo financeiro para as organizações criminosas permite que elas se mantenham vivas e atuantes. Se não atuarmos no estrangulamento do fluxo financeiro, só trocamos os atores. Quando não se ataca o fluxo, essas peças são repostas, e o teatro funciona da mesma maneira”, destacou. VEJA