Sullivan será recebido pelo Presidente João Lourenço, na segunda-feira, 18, e reunir-se-á com o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, com quem presidirá a uma sessão do Diálogo Estratégico EUA-Angola.
Na agenda do governante americano estará também centrada na promoção do comércio e investimentos americanos e ainda sobre a paz e a segurança.
John Sullivan apresentará a estratégia da Administração Trump para África e num encontro com a comunidade empresarial ele vai ressaltar a importância de expandir os laços económicos e comerciais, com base no respeito mútuo, de acordo com uma nota do Departamento de Estado.
Trabalho de casa
O economista Estevão Gomes considera que a disposição do Governo americano em investir em Angola constitui “uma mais-valia para o país no quadro da diversificação da economia”, que pode contribuir para a geração de empregos e diminuição da pobreza.
Faustino Mumbuka, tmbém economista, diz que a intenção de Washington pode encorajar outros investidores estrangeiros a fazerem o mesmo, mas adverte que o Governo tem de “fazer o trabalho de casa”, nomeadamente construção de infraestruturas e deixar de interferir na relação entre os empresários nacionais e estrangeiros.
No início da semana, o assistente para Assuntos Africanos do secretário de Estado, Tibor Nagy, numa teleconferência, a partir de Kigali, capital do Ruanda, reconheceu que "os Estados Unidos e o mundo, em geral, ficaram surpreendidos com as acções do Presidente João Lourenço no combate à corrupção, apesar de ter ainda muito a fazer e das reclamações perenes".
A visita de John Sulilivan acontece um mês depois de o director para os Assuntos Africanos da Casa Branca, Cyril Sartor, ter anunciado em Luanda que Angola passou a fazer parte da lista dos três países africanos que vão, nos próximos tempos, beneficiar do financiamento e apoio técnico dos Estados Unidos da América, com vista a impulsionar a actividade económica no país.
Sartor afirmou, na altura, que o apoio visa, essencialmente, desenvolver a capacidade empreendedora africana, fornecer a assistência técnica e melhorar o comércio intercontinental. VOA