Domingo, 19 de Mai de 2024
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Homóloga? Não, muito obrigada!

O génio de Isabel dos Santos revelou-se ao sabor de um fabuloso estrelar de ovos, mas, na altura, ninguém a quis levar a sério. Um erro crasso da sociedade em geral. Um erro monumental da Sonangol em particular. Um erro fatal de Manuel Vicente em privado - como agora se vê, reduzido que está à condição de Vice-Presidente da República para a prevenção rodoviária...

Fartei-me de rir ao ler no (Novo Jornal) de que alguns deputados da bancada parlamentar do MPLA não estão satisfeitos com a nomeação da (Ango-Russa) Isabel Dos Santos como (dona de tudo) ou seja patroa da Sonangol.

Deputados da Bancada Parlamentar, do Movimento Popular de Libertação de Angola, MPLA, partido que sustenta o governo de Luanda, que reuniram na passada quinta feira, com a filha do presidente Jose Eduardo dos Santos, Isabel dos Santos, bateram verdadeiramente o murro da mesa, contra a nomeação da filha do presidente de Angola, como a Patroa da Sonangol.

Os angolanos precisam urgentemente de um virar de página, (ainda) capaz de os salvar da hecatombe para onde estão a ser lançados pelo “ancien regime”.

Com invulgar tristeza, o angolano sente-se desconfortável e amargurado com o tratamento indigno que recebe dos dirigentes do seu próprio país. Momentos existem em que a pessoa sente-se longe e/ou fora do planeta terra, algures em Marte, ou mesmo em Mercúrio. Não é nada gratificante quando em momentos de introspeção avaliativa o cidadão liga TPA e/ou a ZIMBO e acaba terrificado com a programação apresentada. Igualmente não é menos verdade, que ouvir os comentários dos múltiplos analistas que se revezam nesses canais de televisão, deixam o pobre cidadão terminantemente petrificado com o que escutam e veem.

O Presidente da República não esteve bem quando nomeou Isabel dos Santos, que não por acaso é sua filha, para Presidente do Conselho de Administração da mais importante empresa do país.

Os planos do presidente Jose Eduardo dos Santos, com vista a monopolizar os destinos do Movimento Popular de Libertação de Angola MPLA e de Angola, podem haver começado, antes da morte do primeiro presidente de Angola, Dr Antônio Agostinho Neto, ocorrido misteriosamente em Moscoso, aos 10 de Setembro de 1979.

Ao contrário do que dizem as vozes críticas do costume, o panorama actual da situação económica, financeira e social de Angola não é tão grave nem insustentável e começam a vislumbrar-se os indícios de recuperação.

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