Quando João Lourenço tomou posse, a 26 de Setembro de 2017, o PIB de Angola era de 122 mil milhões de dólares. A 15 de Setembro de 2022, quando tomou posse para o actual e último mandato, o PIB nacional era de 115 mil milhões de dólares. No segundo trimestre de 2024, o PIB de Angola é de apenas 23 mil milhões de dólares (Valor Económico, 10.09.204, nº 426).
Na sequência da visita do Presidente da República à província do Zaire, durante a apresentação dos principais desafios, o Sr. Governador solicitou o apoio para resolução de um dos maiores cancros da província, por muitos já conhecido, por não se tratar de uma prática nova, que é o contrabando de combustíveis.
Em Junho de 2023, o governador de Luanda fez o que pareceu uma denúncia de uma tentativa de corrupção que o teve como alvo. Manuel Homem não arredava o pé no seu obstinado plano de arrumar o comércio em Luanda, o que terá levado alguém a tentar demovê-lo com algumas luvas não quantificadas. Na altura, Manuel Homem não perdeu tempo.
O recente encontro entre o presidente do MPLA com os representantes dos Comités de Acção do Partido, vulgo CAP"s, trouxe à superfície um dado bastante revelador e preocupante: existem em Angola mais estruturas do partido governante do que escolas do ensino público.
O nepotismo, entendido como a prática de favorecer amigos e familiares na distribuição de cargos públicos e em outras esferas de poder, é um fenômeno que pode ter graves consequências para o desenvolvimento de um país.
O PRA-JA Servir Angola anunciou que os trabalhos para a sua legalização junto do Tribunal Constitucional (TC) decorrem de modo normal. Nos últimos meses, representantes do partido de Abel Chivucuvuku e do Tribunal têm trabalhado de modo conjunto e tudo indica que o resultado, desta vez, seja a legalização.
Em Angola, a retórica política frequentemente se distancia da realidade vivida pelos próprios governantes. É comum ver políticos locais inaugurando escolas e hospitais com grande pompa, prometendo melhorias significativas no sistema de saúde e na educação do país. No entanto, quando adoecem ou precisam garantir uma educação de qualidade para seus filhos, muitos desses mesmos políticos optam por buscar tratamentos médicos e instituições de ensino no exterior.
O MPLA está em crise. É um facto. Ninguém pode mais negá-lo. Também é verdade que as raízes ou as consequências dessa crise podem ser analisadas sob várias nuances. Uns adiantam-se a antecipar a erosão do regime.