Quinta, 25 de Dezembro de 2025
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Num sistema de poder altamente centralizado como o de Angola, poucos duvidam de que foi José Eduardo dos Santos, e/ou alguns dos seus mais próximos e fiéis, a decidir e/ou assentir à condenação dos 17 “jovens revolucionários”. Tanto mais que as instituições da Justiça são manifestamente débeis. Depois da fase dos recursos, o regime pode decidir levar o processo até ao fim e fazer dos “revus” um exemplo para instalar o medo. Ou despachar tudo num perdão - e magnanimidade – presidencial.

A condenação dos 17 jovens por intenções revoltosas, a que juntaram a acusação de “associação criminosa” no final do julgamento, quer dizer que os juizes entenderam que o chefe queria que eles fossem condenados, fosse a que título fosse. Condenaram e assim cumpriram o seu papel. Este comportamento define o chefe. E uma Justiça que protege os vitoriosos e esquece os derrotados.

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