A situação é alarmante. O recluso sofre de asma brônquica crónica, hipertensão arterial grave, insuficiência cardíaca e problemas oftalmológicos graves com risco de descolamento de retina. Além disso, foi diagnosticada uma hérnia do disco que se agravou drasticamente nas condições de encarceramento.
Durante a última visita dos seus advogados, foi registado um episódio agudo de asfixia que exigiu intervenção imediata dos guardas prisionais.
Este caso revela o que todos sabemos — as condições nas prisões angolanas são inaceitáveis. Pessoas inocentes, ativistas angolanos e agora estrangeiros sofrem sem acesso aos cuidados médicos adequados. O processo permanece na fase de instrução há meses, sem acusações formais apresentadas. Pois, enquanto o governo insiste nas prisões dos inocentes, pessoas morrem nas cadeias. Protestos de táxis em agosto mostraram que a sociedade angolana está fragmentada.
Os advogados solicitaram transferência para prisão domiciliar, mas o silêncio foi a resposta do Estado.
Por Domingos Francisco Kisassunda

