Segunda, 16 de Junho de 2025
Follow Us

Domingo, 15 Junho 2025 17:36

O que é que se passa com MPLA? - Graça Campos

É intrigante: além do secretário para a Imprensa, existe uma instituição denominada Centro de Imprensa da Presidência da República (CIPRA), ambos assessorados pelos portugueses da Agência de Comunicação Cunha & Vaz, a troco de largos milhares de dólares anuais.

No MPLA, Esteves Hilário dirige o secretariado do Bureau Político para a Informação e Propaganda, que tutela o Departamento de Informação e Propaganda.

Todos os órgãos de comunicação social públicos obedecem, sem resmungar, as directrizes emanadas por essa multiplicidade de estruturas.

Estranhamente, a defesa da imagem do Presidente da República aparentemente foi agora confiada a um portal que tem como chefe de Redacção alguém que se afastou da UNITA não por qualquer divergência política ou ideológica, mas porque se desentendeu com os seus companheiros por razões exclusivamente financeiras.

Além da sua já respeitável idade, o desertor revelou não há muitos meses que padece de várias doenças, que lhe obrigam a tomar diariamente 14 comprimidos diferentes.

É possivelmente a combinação da idade avançada com as várias doenças de que padece que transformaram o idoso num homem sem vergonha e sem dignidade.

Alguém que, na qualidade de militar da UNITA já terá eventualmente tido embates directos com João Lourenço, vê-lo convertido no maior puxa-saco do Presidente da República não pode ser tomado como pessoa séria e confiável.

Trocou os princípios pelo dinheiro. Seguramente, sem o dinheiro que lhe rende o trabalho sujo, dificilmente conseguiria comprar a quantidade industrial de comprimidos que toma diariamente e por isso já teria feito a viagem sem volta.

Não se sabe se entre a quantidade de doenças que apoquentam o vira-casaca se inclui, o Alzheimer, cujos sintomas principais são, de entre outros, a perda de memória, dificuldades na linguagem, alterações na personalidade e desorientação.

Mas, não é de todo impossível que o seu curtíssimo vocabulário se deva à perda de memória ou, o que também é possível, à baixa escolaridade.

O velho baju pode não ter ido além da cabunga. É improvável que ele domine mais de 70 vocábulos. Se, por exemplo, fosse impedido de escrever palavras como perene, avençados e outras vulgaridades garantidamente não conseguiria publicar coisa alguma.

Por isso, a pergunta que não pode deixar de ser feita é esta: como é que a Presidência da República (e os assessores lusos que paga a peso de ouro) e o MPLA confiaram a defesa da imagem do Presidente da República a um semi-analfabeto?

O que se passa com e no “MPLA? O meu percurso profissional incluiu, entre várias, passagens pela ANGOP, onde me iniciei como jornalista, Jornal de Angola, DIP do Comité Central do MPLA e TPA. E nunca vi o Presidente da República não tão mal defendido e nem tão enjoativamente adulado.

Obs: Há um ano, o novo “baju”, ao lado de quem Gonçalves Muandumba, João Pinto, Manuel Pinheiro e outros famosos “engraxadores” seriam anjinhos, anunciou ter intentado uma accão judicial contra mim.Estou ansioso por encontrar-me com ele em tribunal. É pena que o velho sem vergonha e juízo tenha intentando a dita acção em Portugal.Se fosse intentada em Angola, o caso não se esgotaria com o seu julgamento.Outras medidas correctivas seriam accionadas para desencorajar o mercenarismo.

*Jornalista

Rate this item
(0 votes)