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Domingo, 06 Fevereiro 2022 15:52

Adalberto Costa Junior em Jerusalém - Sousa Jamba

Em menos de vinte e quatro horas depois da sua publicação a foto do presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, perante o muro das lamentações em Jerusalém tinha sido partilhada milhares de vezes. A mesma foto geriu milhares de comentários, a maioria delas exprimindo admiração pelo o ACJ.

Outras entidades políticas Angolanas já foram para locais sagrados e tiraram fotos; porem, a do Adalberto Costa Júnior em Jerusalém é,  sem duvida,  a que mais suscitou mais comentários.

Fiz questão de ler  atenciosamente os milhares de comentários. O que  faz a foto do ACJ ser tão interessante é que nos faz pensar sobre a herança histórica do Cristianismo; passamos então a ver a ligação entre o império Romano, o império Grego, a cultura Judia e o Cristianismo. O ACJ não é um imperador Romano que está a testar a fé dos Cristãos -- se eles também estariam prontos a lhe adular; o ACJ é um Cristão comum com todas as incertezas e ansiedades. Muitos Angolanos entendem exactamente a trajetória do ACJ no seu esforço de estar mais próximo á Deus.

A fé do ACJ não é algo para dar nas vistas. Num live com o Pastor da IECA, Lúcio Marquês, o Reverendo formado no Seminário Emanuel da Missão do Dondi, diz ao ACJ que nos seus discursos ele acaba sempre implorando a Deus para louvar a nação Angolana. O ACJ começa citando a oração "O Pai Nosso" (partilhada pelos Católicos e Protestantes) e confinua dizendo que ele é um produto da igreja Católica; que ele saiu de casa aos dez anos para ir ao seminário do Quipeio. Depois ele chegou de viver em Roma e ter que tratabalhar directamente com o Vaticano. Para o ACJ, Deus é o criador de tudo; ele insiste que os Angolanos deveriam orar para pedir que Deus acabasse com o sofrimento do povo Angolano. Esta a se falar muito da oração que o ACJ escreveu no papelinho e enfiou no muro das lamentações; o ACJ vem a insistindo no poderio da oração toda sua vida.

Mas o ACJ de forma nenhuma vê as outras confissões preconsetuosamente; em Benguela Agosto passado, o ACJ fez questão de visitar igrejas Protestantes. Em Benguela, ainda em Agosto, vi um grupo de pastores a espera de uma audiência com o ACJ. Claro que estes não estavam lá para lhe louvar; eles estavam lá para tecer um diálogo genuíno e profundo com o ACJ. Numa das suas entrebisas, o ACJ fala da necessidade de moralizar a sociedade -- da importância dos valores religiosos que, infelizmente, estavam a ser ameaçados por varias forças.

Não obstante as suas origens noCatólicas, o ACJ esta bem em sintonia com o neopentecostalismo que vai ganhando cada vez mais terreno no pais. Há versões do neopentecostalismo, que são ênfase á Teologia da Properidade, que insiste que os Cristãos devem viver bem cá na terra. O ACJ estaria completamente com tal afirmação -- juntando que a procura do bem estar tinha que ser acompanhado pela ética. O ACJ  recusou ingressar numa empresa que iria lhe pagar milhões de dólares porque a mesma estava envolvida em "dumping": inundar os mercados Africanos e do Terceiro Mundo com bens sem qualidade que iriam afectar negativamente nas economias locais. Para o ACJ, nem todos fins justificam os meios; o farol nisto tudo é a fé cristã. Para o ACJ, os Angolanos não vieveram apenas do pão -- mas também da bênção que do seguimento da palavra de Deus.

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