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Quarta, 30 Dezembro 2020 08:43

A única oportunidade da oposição

Angola é um País onde tudo é possível acontecer. Os dirigentes desse País fazem e desfazem a bel prazer tudo o que lhes apetece.

Desde 1975 que o Partido Estado governa e não se nota nada de melhorias na vida dos cidadãos; promessas atrás de promessas e no final da coisa, quem se beneficia é sempre um pequeno grupo de malfeitores, aqueles que pensam serem os herdeiros, os iluminados por Deus; a Elite criminosa disposta a enterrar vivos os angolanos, disposta a vender-nos dentro da nossa própria terra.

Diante de todas as provas evidentes que o sistema praticou, pratica e espera praticar, fazendo passar o pleonasmo, onde anda a oposição? Que faz a oposição? Para que serve a oposição? Que trabalho sério desempenha a mesma? Vejamos: desde 2013 o roubo desenfreado dos recursos financeiros do Estado foi desviados pelos dirigentes que se dizem serem defensores do Povo. Bilhões de dólares saíram do País em diplomáticas e por vias de transferências bancárias e hoje repousam em paraísos fiscais, congelados alguns, outros ainda livres. Fazem negócios consigo mesmo, usando o erário público para posteriormente as estruturas construídas se tornarem suas. Todas as empresas privadas pertencem a Eles desde bancos, super mercados, fábricas de vinhos, cuca e outros, não deixando nada para os empresários de carreira; isto é, empresários nativos.

Os dirigentes de Angola são, em base a conduta e dos factos, não se tem dúvidas, obcecados ao poder e devem ter pactos com iluminates, com maçônicos, com poderes ocultos mundiais porque não é normal a tamanha desgraça que faz passar seu povo que necessita de tudo: água, habitação, saúde, emprego, liberdade de expressão, imprensa, princípio de igualdade… Dizem sempre: “o amanhã será melhor”. E esse amanhã que nunca chega?!

O mal está identificado; a culpa do sofrimento dos cidadãos em Angola chama-se MPLA-PT. São todos ricos, milionário e bilionários. Mas em contra partida são criminosos porquanto o que fazem aos angolanos, não é de bem. Manuel Vicente é bilionário e tantos outros; o caso Edeltrudes é o mais recente assunto do momento em termos de desfalque ao Estado com a participação do próprio presidente da república que com esse comportamento, traiu a pátria e que devia demitir-se ou ser obrigado a demitir-se. A Televisão podre de Angola nem sequer fez referência do caso, como não cobriu a manifestação do dia 24 de outubro e fingiu cobrir a de 11 de novembro e a de 10 de Dezembro. E nós pagamos diariamente!

Diante desses acontecimentos, a oposição tem uma única oportunidade de inverter o quadro das coisas em Angola, caso queira ser governo em 2022 e repartir o poder em 2021 com a realização das autarquias, juntando-se ao desidério da juventude que despertou. Nós os jovens acordamos do sono profundo e temos mostrado ao governo de Jlo que não nos compadecemos com sua governação e suas estratégias caducas, pelo que estamos cansados e exigimos o respeito da constituição, a revisão da constituição, a reposição da legalidade, a separação de poderes, a realização das autarquias e que não aceitaremos a não convocação das eleições parlamentares de 2022. Para a efectiva realização das ditas eleições gerais que não são, uma série de elementos devem ser feitas já em 2021 sem truques e nem sufismas, tais como: o registo eleitor dos cidadãos que completam 18 anos, actualização dos registos daqueles que perderam ou se mudaram, a actualização do FICRE (ficheiro informático central do registo eleitoral ), aprovação na generalidade da lei da institualização das autarquias locais e a sua realização sem rodeio …

A oposição tem essa oportunidade única de liderar todas as manifestações em Angola uma vez, estando consigo os jovens e grande parte da população; a oposição tem matéria concreta em aceitar e “guiar o povo até a terra prometida, onde jorra água e mel”(Biblia). Entendemos que exija responsabilidade, mas está provado que não exista um outro caminho a não ser de convocar o povo para as ruas e permanecer aí até que haja ideias claras e concretas por parte do partido de João Lourenço. Nós o povo vamos seguir e obedecer, mas precisamos de um líder, carismático, decidido a enfrentar os obstáculos e os ultrapassar e não de mendigos, medrosos e que se limitam apenas a fazerem conferências de imprensa para denunciar as irregularidades do executivo; precisamos de homens de verdade, determinados e interessados com as causas do País; só a oposição pode auxiliar os jovens a victória final; victória em que o povo decide o que é melhor pra si e não um pequeno número de indivíduos que decida pela maioria; individuos que não conhecem o sofrimento do povo, a fome, a falta de tudo.

Portanto, é oportunidade única e se não pegar nela hoje, pode desaparecer; nós os  jovens mostramos que já entendemos o mal de Angola e temos feitos os possiveis de mudarmos o quadro da situação actual, impondo comportamentos diferentes por parte dos que nos governam; mas parece que pertencem a outra galâxia! Não pretendem mudar!

Façamos do sono dos nossos dirigentes leves e que sonhem constantemente connosco e que depois de sonhos longos e contínuo com o povo, acordem fora do governo ou acordem com medo do povo, onde o mesmo possa decidir o verdadeiro caminho a seguir.

Se a oposição dessa vez não levar a sério o conselho dos jovens, já apartir do início do próximo ano de 2021, retaliará com veemência a atitude opositória. Precisa-se de unir o útil ao agradável caso queiramos ver o verdadeiro sorriso a brilhar nos lábios dos angolanos genuínos.

Por uma Angola livre, liberta das mãos dos estrangeiros que nos humilham e nos venderam aos neocolonos, unámo-nos para a victória, onde esperamos ser guiados pela oposição nas próximas manifestações a tempo indeterminado.

Por António Correia e Talangongo Okola   

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