Isso porque a maioria dos diplomatas angolanos que ocupam posições de embaixadores, de ministros conselheiros, de cônsules, de adidos e outras funções diplomáticas, são personalidades sem preparação diplomática, não entendem aquilo que fazem, sendo assim falta muito pouco para ficarmos atrás da Gâmbia na arena internacional.
O MIREX precisa dar início às reformas, começando pelos recursos humanos, os diplomatas a cima dos 60 anos precisam ser jubilados em base o artigo 33 do Decreto Presidencial n.° 209/11, de 3 de Agosto de 2011.
Há décadas que a administração do MIREX não consegue fiscalizar e organizar as embaixadas e os consulados angolanos que funcionam mal: muita incompetência e falta de domínio político-diplomático, mal atendimento, nepotismo e amiguismo nos momentos dos concursos do recrutamento local, que é tudo uma verdadeira fachada, nada aí é transparente.
A nossa Diplomacia necessita urgentemente de novos quadros, sobretudo jovens competentes e qualificados, jovens dinâmicos e bem formados diplomaticamente. Se continuarmos a enviar representantes diplomáticos por afinidades ou por cores partidárias, a Diplomacia angolana continuará sendo um fracasso, e os que estão em frente do MIREX cada vez mais mostram e demonstram não serem capazes de dirigir o barco da nossa Diplomacia.
Quando não se é capaz de estar numa posição de grande responsabilidade dentro do aparelho do Estado, que se dê lugar e espaço há quem é capaz de fazer correctamente o trabalho. Num País sério 90% dos diplomatas angolanos ou seriam exonerados ou colocariam a disposição os seus cargos, porque não é normal um embaixador ou diplomata não saber fazer em condições um simples discurso sem ler, diplomatas que não sabem escrever e que não entendem de mecanismos burocráticos no âmbito diplomático e consular.
A má administração do MIREX é a principal fonte do fracasso da diplomacia angolana, se houvesse boa liderança no MIREX (alguém altamente competente, dinâmico, e formado em ciências político-diplomáticas), haveria ordem nas nossas embaixadas e consulados, e os demais diplomatas seriam avaliados antes de serem enviados para representar Angola no exterior. Enquanto mudanças e reformas concretas não forem feitas teremos sempre uma diplomacia carente de mecanismos projectuais e de estratégias que visam catapultar o nosso País na arena internacional.
O.B.S: O MIREX precisa de dirigentes, de embaixadores e de cônsules maioritariamente jovens, jovens que além de serem bem formados são carismáticos e pré-dispostos à trabalhos diplomáticos de alto nível. Diplomacia não é pra todos, motivo pelo qual os nossos diplomatas fazem o que não entendem, um autêntico fracasso… TUDO ISSO É CULPA DO MIREX.
Eu e a Diplomacia a Diplomacia e Eu
Por Leonardo Quarenta – O Rei da Diplomacia
Doutorando em Direito Constitucional e Internacional
Mestrado em Relações Internacionais e Diplomacia
Master em Direitos Humanos e Competências Internacionais