Pela minha larga experiência e andanças aqui nas Américas, hoje cheguei a triste conclusão de que comparando as lideranças das 3 regiões a volta do mundo, África, Ásia e América latina, onde mora o terceiro mundo, o nosso continente a África, continua a sendo o mais atrasado, no que toca ao fortalecimento da democracia e ou consolidação de instituições fortes, acompanhadas com políticas de boa governação, etc.
Na verdade, é com profunda tristeza e preocupação, que observamos a países como Angola, que era suposto se transformar em candidato a potência regional na África Sub Sariana, e como consequência se pudesse transformar em verdadeira reserva moral da democracia no continente negro.
Porém, triste/paradoxalmente 3 anos após a partida do ditador José Eduardo dos Santos (JES) do poder em Angola, o general, João Manuel Gonçalves Lourenço (JLO), parece haver mergulhado o nosso país, exatamente nas sombras e nas mesmas incertezas e desconfianças entre filhos da mesma pátria diante dos olhos de Deus.
E, para completar JLO, em pouco menos de 3 anos já dividiu a família Angolana, sem poupar o seu próprio partido MPLA, que ele transformou num autêntico manto de trapos, a coberto de uma luta contra a corrupção, que na verdade hoje virou um fiasco.
Sendo que está suposta luta contra a corrupção em Angola, está a poupar uns e a proteger aqueles que comem com o JLO, a volta do continuado banquete dos dinheiros de Angola, promovido e patrocinado por ele, ali na Cidade Alta em Luanda.
Logo, com os próprios do MPLA agora zangados, com o presidente de Angola, que eles mesmo enviaram para Cidade Alta, de maneira fraudulenta, com os Angolanos, zangados e a comer nos contentores de lixo, com a comunidade internacional com um pé a atrás e outro a frente, uma vez que JLO prometeu fundos e mundos publicamente no parlamento Europeu aos ocidentais, no que toca a luta contra a corrupção em Angola, etc.
Para completar, JLO se recusa a promover a alteração da actual constituição atípica promovida no tempo do ditador Santos, ao mesmo tempo que agora promove a morte política dos patriotas da terra.
Tal como foi, o caso recente que terminou no chumbar do projecto nacional PRA-JA, do conhecido/reconhecido, veterano político Abel Epalanga Chivikuvuku, pelo tribunal constitucional do regime de Luanda.
Logo JLO, inocente/inadvertidamente, se projecta em Angola, como um homem (forte),tal como o (era) JES, em lugar de promover instituições fortes em Angola, atreves da construção de consenso nacional, que favoreça a harmônica, amor e paz entre todos os filhos da terra, incluindo os Angolanos naturalizados, como parece ser o caso de JLO, tal como agora reclamam os porta vozes da ala dos Santista zangada.
Voltando a vaca fria, se tivemos em conta ao estado de autêntica sombra, que o nosso país se encontra presentemente, provocado pela má governação do antigo presidente Santos e hoje seguida pelo JLO, que na verdade piorou o que estava bem tendo afundado o que já estava mal.
Então, como esperar que JLO não é simplesmente um presidente a prazo, que já auto reuniu todos os ingredientes necessários para ser perfeito candidato a levar o cartão vermelho por parte dos Angolanos que agora contam com a conivência do MPLA, zangado com o seu presidente?
Para ser mais claro com os compatriotas, como esperar inocentemente, que JLO estaria imune dos acontecimentos tristes e condenáveis que observamos recentemente em Bamako na República do Mali?
Por isso aqui uma vez mais o ditado velho, mas novinho da silva se aplica: "Quando a barba do vizinho está a queimar, ponha o teu de molho" Porém, sempre o reafirmei aos compatriotas que nós Angolanos podemos fazer diferença em relação aos outros países Africanos.
Por isso, JLO deve dar-se conta de que é absolutamente inútil proteger a corruptos como Edeltrudes Costa no seu próprio gabinete ali na Cidade Alta, para esperar cegamente que a INDRA voltaria outra vez em acçāo em 2022, para uma vez mais os Manicos roubarem o voto dos Angolanos.
O meu apelo aos patriotas, é que é chegada a hora dos bons Angolanos, promoverem a esperança, a luz e o amor para todos os filhos da nossa terra.
Os Angolanos, se devem recusar e resistir as falsas retóricas do MPLA/ JLO, falsas retóricas essas, que agora levaram os do seu próprio partido a zangar-se com o seu presidente, razão pela qual, agora os do MPLA, tomaram a sábia/patriótica decisão, de denunciar, de maneira voluntária/espontaneamente louvável, diante de todos os Angolanos, que afinal o nosso presidente nasceu em Katanga, antigo Congo Belga e actual República Democrática do Congo, sendo por isso JLO Angolano naturalizado.
Agora pessoalmente, lanço um repto ao presidente de Angola. JLO tem dois caminhos. O primeiro deve ser o de construir consensos de maneira séria e genuína em Angola, com vista a criar leis eleitorais, que satisfaçam a todos os filhos da terra e que culminem na criação de uma comissão nacional eleitoral independente sem Manicos corruptos, e que seja consensual, com vista a que possamos regressar a normalidade das coisas em Angola.
O segundo caminho seria o de JLO, continuar nas pegadas da ditadura do tipo Santos, tal como temos observado nos últimos meses, com a ilusão de que passando a vida a distribuir medalhas a alguns patriotas por ai, JLO estaria imune dos acontecimentos tristes que a África e mundo tesmunhamos nos últimos dias em Bamako/ Mali, esquecendo de que as medalhas que anda a destruir ali na Cidade Alta em Luanda, são medalhas de Angola e não sua pertença.
Sempre e quando JLO, haja decidido seguir o segundo caminho então é porque o nosso presidente ainda não se deu conta de que o matreiro velho presidente emérito MPLA, JES, a muito tem instalado dentro do gabinete de JLO, um autêntico e invisível vírus, pior que o (corona vírus),razão pela o presidente de Angola pode ser que já haja mergulhado no dilema de sempre, que os ditadores enfrentam em todo mundo, segundo o qual JLO, não pode sair da Cidade Alta, mas também não pode continuar ali.
Por isso que o nosso presidente se lembre o ditado o velho, mas sempre actual segundo o qual quem não escuta conselhos não chega a velho.
Que Deus abençoe Angola e a todos os filhos da terra Angolana
Por Orlando Fonseca - Analista politico
Miami/Sul da Flórida - USA
