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Quinta, 20 Agosto 2020 14:22

Se questionar e duvidar certas versões é também um direito de cidadania

Porque não o fazer? Ao longo dos perto de 50 anos de gestão criminosa do país pelo MPLA. Não é novidade ter havido investigações que nos deixaram com a sensação de treinadas e encomendadas não só para o inglês.

Como para se vender as ilusões da praxe para não se contar a verdade até mesmo sobre ocorrências onde morreram angolanos. Por isso o que vai sobrar terá que ser feito qualquer dia por um governo que seja pela verdade. Quando este MPLA for deposto, ou será que já foi dita a última palavra?

Sobre algumas mortes ocorridas que deixaram muitas opiniões divididas entre angolanos entendidos na matéria e não só, dentro e fora de Angola? Se me fizessem essa pergunta eu responderia sem pensar duas vezes, e até apontaria alguns nomes como sugestão para investigação de peritos não comprometidos com o regime. Dado os antecedentes sobre tudo quanto aconteceu antes e as circunstâncias em que tais mortes ocorreram e pelo facto de haver versões umas mais credíveis que outras.

Num país onde é mais fácil pelos vistos se nascer, se crescer e se morrer intoxicado e enganado com tantas mentiras e manipulações. Do que se sobreviver esclarecido e sem dúvidas do que acontece á volta e aos olhos de quase todos.

Há investigações que para este MPLA já são consideradas assunto encerrado. Mesmo não o sendo, para uma grande parcela de angolanos nem por isso idiotas, apesar de se fingirem de convencidos pelas explicações oficiais dadas.

Eu nunca vou aceitar por várias razões, uma delas porque conheço o suficiente esta gente. Para não levá-las á sério, e nem confiar nas suas versões em como sendo verdade absoluta que não existe, e ao não aceitar exerço também o meu direito de cidadania.

Eu conheço outras versões sobre as mortes por exemplo de Serra Van Dúnem mesmo tendo ocorrido fora do país. Assim como do empresário Valentim Amon na tal história de acidente, da jornalista guineense Milocas que o governo do seu país nem se quer questiona.

Porque lhes interessa mais mendigar relações com uma gestão corrupta de Angola. Por lhes ser mais útil e rentável, do que se exigir um esclarecimento credível e convincente sobre a morte de uma cidadã sua e seu corpo feito prisioneiro até hoje.

Assim como de muitas outras de jornalistas, gente ligada à diplomacia, religiosos, militares, agentes secretos e outros e assim sendo porque tenho que deixar de questionar? E ficar só com as versões raramente não encomendadas para serem postas no ar, mesmo quando são divergentes em relação á outras mais credíveis e menos credíveis?

Meus irmãos, amigos, conhecidos e familiares questionando exercemos nossa cidadania, assim como encontramos respostas. Para as nossas perguntas, colocamos nossas opiniões e ouvimos opiniões dos outros. E dessa forma temos uma consciência e visão mais ampla das ocorrências de que justamente duvidamos e não são poucas no caso de Angola.

Continuarei

Por Fernando Vumby

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