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Segunda, 25 Mai 2015 08:22

Governo angolano autoriza 21,7 milhões para fiscalizar construção de central elétrica

O Governo angolano vai gastar 21,7 milhões de euros para fiscalizar a construção da central de ciclo combinado do Soyo, a cargo de um grupo chinês e que vai custar ao Estado quase 900 milhões de euros.

A informação consta de um despacho assinado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, autorizando o contrato para a fiscalização e assistência técnica desta empreitada às empresas DAR Angola Consultoria e Intel - Instalações Elétricas, sendo este um empreendimento considerado pelo executivo como fundamental para reduzir o défice energético do país até 2017.

A central, em construção e que vai aproveitar a produção de gás natural, permitirá garantir eletricidade à capital, Luanda, e ao norte de Angola, e só a fiscalização da construção custará 24 milhões de dólares (21,7 milhões de euros), de acordo com o mesmo documento, de 11 de maio, ao qual a Lusa teve hoje acesso.

"É dos projetos mais importantes que estamos a desenvolver neste momento, que vai produzir cerca de 750 MegaWatts", explicou em janeiro último o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges

De acordo com o governante, a construção da central está pronta a arrancar e está já em curso a edificação da linha de transporte de eletricidade, para garantir a sua distribuição.

A Lusa noticiou a 08 de janeiro que o Governo angolano vai utilizar 125 milhões de euros da reserva financeira petrolífera para investimentos em infraestruturas no pagamento da primeira prestação da construção desta central, de ciclo combinado, a gás e vapor.

A decisão, suportada por despacho presidencial de 05 de janeiro, visa permitir o arranque da construção da central, a cargo da empresa China Machinery Engineering Corporation (CMEC), conforme escreve o documento a que Lusa teve acesso.

De acordo com o mesmo despacho, esta central, que integra o Programa de Investimento Púbico, "é de grande importância para o desenvolvimento económico e social do país".

Assim, é aprovada a desmobilização de 147,7 milhões de dólares (cerca de 134 milhões de euros) da Reserva Financeira Estratégica Petrolífera para Infraestruturas de Base, precisamente para pagamento da primeira prestação do contrato.

A central de ciclo combinado do Soyo vai custar 985,2 milhões de dólares (896 milhões de euros), sendo justificada pelo executivo com as "projeções de crescimento da procura de energia elétrica no país" no médio e longo prazo.

O contrato em causa foi celebrado entre o Ministério da Energia e Águas e a empresa chinesa CMEC em 2014.

O crescimento nacional leva à "necessidade de expansão acentuada da capacidade de produção" de eletricidade no país, lê-se no despacho assinado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, de 11 de agosto último, autorizando este contrato.

Daí a "importância fundamental" da construção desta central, que vai produzir eletricidade através de gás natural angolano e que proporcionará "vários benefícios e uma contribuição significativa para o desenvolvimento económico e social do país", acrescenta o despacho.

Lusa