COMUNICADO
A direcção político militar da FLEC/FAC desmente as declarações falaciosas do General Egídio Sousa Santos, Chefe de Estado Maior adjunto EMG/FAA sobre Cabinda que comprovam que o General não conhece a real situação militar no território ou pretende fornecer à Comunidade Internacional uma deturpação total da realidade.
A FLEC/FAC insiste que a via para a resolução do conflito em Cabinda passa forçosamente pelo diálogo. Desafiamos o Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, a abrir um processo negocial político e pacífico com a FLEC/FAC e não optar pelas declarações irrealistas de militares que tudo tentam para beneficiarem com o conflito em Cabinda e que o negócio da guerra perdure.
A FLEC/FAC lamenta o silêncio cúmplice de Portugal, França e Estados Unidos da América face às práticas desumanas de Angola contra cidadãos cabindeses que lutam pacificamente por uma sociedade digna e politicamente justa.
A FLEC/FAC tem o dever legítimo de garantir a protecção e defesa do povo de Cabinda e lutar contra todos que humilham e massacram o nosso povo. Apelamos uma vez mais ao presidente americano Barack Obama, a Aníbal Cavaco Silva, presidente de Portugal, a François Hollande, presidente de França, para assumirem as suas responsabilidades políticas e morais e evitarem um agravamento do conflito e aumento da repressão em Cabinda.
A FLEC/FAC apela também aos deputados do parlamento português para intervirem por uma resolução pacífica do conflito em Cabinda e em defesa dos presos políticos de Cabinda, e recorda que vários acordos e compromissos foram estabelecidos entre responsáveis políticos de Portugal e a FLEC/FAC.
A direcção político militar da FLEC/FAC não irá tolerar qualquer indiferença ou cumplicidade que colabore no desespero do povo de Cabinda. A apatia, silêncio e hipocrisia do parlamento português e da classe política portuguesa, subjugados ao MPLA, revelam vergonhosamente a falsidade das suas palavras em defesa dos Direitos Humanos e como defensores da Paz.
Jean Claude Nzita
Porta voz da FLEC/FAC