Augusto Lourenço considerou o trauma e as sépsis (bactérias que circulam no sangue e podem provocar a morte) como dois aspectos preocupantes que têm provocado um elevado índice de mortalidade nos bancos de urgência. O director dos serviços cirúrgicos do Hospital Américo Boavida disse ao Jornal de Angola, por ocasião do primeiro seminário dos Serviços Cirúrgicos do Hospital Américo Boavida, que juntou profissionais ligados à área de cirurgia, que a unidade hospitalar opera, em média, oito a dez doentes por dia, nas várias especialidades de cirurgia, sem contar com os casos de cirurgias programadas.
O director dos serviços cirúrgicos do Hospital Américo Boavida referiu que o hospital tem muitos pacientes na lista de espera, mas tem condições para responder à procura. Augusto Lourenço considerou insuficiente o número de cirurgiões naquele hospital. “O tempo de espera para um doente ser operado depende da situação.
Geralmente há necessidade de se fazerem exames antes de o doente ir para o bloco operatório, mas há casos como o de hemorragias activas, em que é urgente levar o doente ao bloco operatório e então prescindimos de alguns exames."
Ao falar sobre a humanização dos serviços nos hospitais, Augusto Lourenço disse que qualquer doente deve ser tratado com humanismo. O encontro que reunuiu vários especialisras, na capital, debateu temas como o transplante do fígado e do pâncreas, anatomia cirúrgica do fígado, trauma e cirurgia de controlo de danos, trauma das extremidades, infecção do sítio cirúrgico e estratificação actual da sépsis.
O Hospital Américo Boavida presta serviços de assistência médica e de enfermagem de urgência, gratuitos, 24 horas.
Estes serviços são prestados em quatro áreas de saúde: área médica, cirúrgica, ortotraumatológica e pediátrica. Cada equipa médica tem um chefe especialista em Medicina Interna, Cirurgião Geral ou Pediatra de acordo com a área
As equipas de enfermagem do Hospital Américo Boavida também são por um enfermeiro-chefe e três enfermeiros gerais com treino na área das Urgências.
Na Urgências o hospital tem um bloco operatório para a realização de intervenções urgentes de grande cirurgia e de um serviço de cuidados intensivos para internamento e vigilância de doentes graves ou críticos.
Estão escalados para apoio ao atendimento de urgência, supervisores, instrumentistas, anestesistas e outros trabalhadores gerais como maqueiros, copeiras, motoristas, electricistas e trabalhadores da rampa de gases.
Jornal de Angola
