A passagem por Portugal de suspeitos com ligações a organizações de extremistas islâmicos, como aconteceu com um cidadão holandês detido quinta-feira no aeroporto de Lisboa, tem sido referenciada nos últimos anos pelas autoridades portuguesas e referidas em relatórios.
O homem, de 29 anos, nascido em Angola e com nacionalidade holandesa, foi detido na quinta-feira na Portela, e os seus passos estavam a ser acompanhados por serviços secretos estrangeiros, incluindo uma passagem pela Síria, segundo noticiaram no domingo o DN e o CM.
Em 2006, segundo o Relatório de Segurança Interna (RASI) de 2007, registaram-se em Portugal "casos pontuais de deslocação de extremistas" islâmicos no país.
Portugal foi considerado "uma plataforma para a obtenção de apoio logístico" a estes grupos islâmicos, "tendo ocorrido, à semelhança do ano passado, casos pontuais de deslocação de extremistas", lê-se ainda no mesmo relatório.
Já em maio de 2007, Helena Rego, do Serviço de Informações e Segurança, num colóquio, em Lisboa, afirmou que Portugal tem sido usado por extremistas islâmicos, até da Al-Qaeda como país de passagem e onde praticaram crimes de fraude, falsificação de documentos e roubo.
Esses elementos, segundo descreveu a especialista em terrorismo, usaram o país como local de passagem, tendo sido detidos por vários crimes, entre eles fraude, falsificação de documentos e roubos.
DN / AO24